Investing.com - Diante da crise que tornou a Americanas (BVMF:AMER3) uma “penny stock” na bolsa brasileira, com ações abaixo de R$1, as “inconsistências contábeis”, como foram chamados os erros ou omissões nos balanços da companhia, que apontou endividamento inferior ao que realmente possuía, deve respingar nos bancos, que tentam bloquear ou reaver valores judicialmente. A varejista divulgou uma lista com quase 8 mil credores e dívidas que somam em torno de R$ 41,23 bilhões.
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Com esse cenário, a XP Investimentos (BVMF:XPBR31) elencou em relatório quais os bancos mais afetados pela situação, com base em análise de Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4), Bradesco (BVMF:BBDC4), Santander (BVMF:SANB11), Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) e BTG (BVMF:BPAC11). De acordo com os analistas Renan Manda e Matheus Guimarães, a expectativa é de que haja um impacto maior no BTG, seguido pelo Santander e pelo Bradesco, pois os bancos teriam maior exposição relativa à dívida da Americanas. O impacto nesses bancos ficaria em torno de 20% a 30% do lucro líquido, no entendimento dos analistas.
“Olhando para os bancos brasileiros, o maior provisionamento no curto prazo não deve apenas reduzir marginalmente seus índices de capital, mas também pressionar temporariamente seus lucros e rentabilidade”, completa a XP.
Além disso, Itaú e Banco do Brasil devem ser os menos afetados, com pouco impacto nos balanços, menor do que 10% do lucro líquido, de acordo com a XP.
Assim, a XP reforça recomendações de compra para o Itaú, considerado Top Pick do setor, com preço-alvo de R$34 e Banco do Brasil, com preço-alvo R$ 61.
Às 15h25 (de Brasília), as ações do BTG recuavam 1,60%, a R$10,48, enquanto as do Banco do Brasil subiam 2,73%, a R$40,65.
Os papéis preferenciais do Bradesco caíam 0,99%m a R$14,06, enquanto os do Itaú tinham baixa de 0,23%, a R$8,53.