Em dia de simulação, Moraes defende projeto-piloto de teste de integridade com biometria

Publicado 15.09.2022, 12:58
© Reuters. 22/10/2018
REUTERS/Rodolfo Buhrer

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu nesta quinta-feira o projeto-piloto para se realizar o teste de integridade das urnas eletrônicas com o uso da biometria, em pronunciamento após uma simulação dessa iniciativa realizada pela corte.

"A Justiça Eleitoral está aberta a inovações, sugestões, mantendo o que vem dando certo, a total lisura das eleições. Vamos testar esse projeto-piloto para ver se vale a pena manter ou não", disse ele.

A iniciativa do TSE de adotar essa inovação na testagem das urnas foi determinada na terça-feira pelo TSE, após sugestão apresentada pelas Forças Armadas.

Segundo fontes do tribunal e do Ministério da Defesa, a medida é mais uma etapa que ajuda na garantia da eficácia e segurança do processo, além de servir para distensionar o ambiente com os militares às vésperas do primeiro turno das eleições.

Mesmo sem evidências, o presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), tem lançado dúvidas sobre o sistema de votação por meio de urnas eletrônicas, com críticas que são ecoadas em parte pelos militares.

Em sua fala, Moraes explicou que o eleitor só vota uma vez, na urna da sua seção eleitoral. Depois, se quiser e de forma voluntária, ele iria ao local onde está sendo realizado o teste de integridade com biometria e libera a urna para fazer esse procedimento. A partir daí, em ambiente filmado, quem procede o teste são servidores da Justiça Eleitoral.

"A comparação é entre as cédulas de papel e o Boletim de Urna (BU) da urna do teste. Não há nenhuma comparação entre a urna do teste e a urna verdadeira", frisou.

Nessas eleições, de acordo com o presidente do TSE, o projeto-piloto do teste de integridade com biometria será realizado em 56 urnas de 18 Estados e do Distrito Federal. Segundo ele, isso representa 8,74% do total de urnas que serão objeto do teste de integridade.

© Reuters. 22/10/2018
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"As 583 urnas restantes, nessas faremos normalmente o teste de integridade como é feito desde 2002", acrescentou.

Em entrevista à Reuters, o ex-secretário de Tecnologia da Informação do TSE Giuseppe Janino alertou que a forma como esse passo a passo do teste de integridade com biometria vai ser implementado e comunicado à população será determinante para ter efeitos positivos, como o aumento da transparência do processo eleitoral.

"É necessário esclarecer muito bem ao eleitor de que ele está participando de uma auditoria, e não exatamente da votação, e de que a destinação daquele voto será tão somente para a verificação da integridade do processo de votação e apuração dos votos", disse Janino, que falou com a Reuters antes e depois de o TSE bater o martelo sobre a mudança.

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