Por Steve Holland e Humeyra Pamuk e Andrew Osborn
WASHINGTON/MOSCOU (Reuters) - Os Estados Unidos e a Rússia estão diminuindo as expectativas de grandes avanços em uma cúpula de superpotências entre os respectivos presidentes, Joe Biden e Vladimir Putin, já que os adversários não estarão no clima para fazer concessões sobre seus desentendimentos profundos.
Os detalhes da reunião --local, data e pauta-- ainda estão sendo negociados pelos dois lados com a meta de agendá-la para junho em um terceiro país na esteira das visitas de Biden ao Reino Unido e a Bruxelas para conversas com aliados em sua primeira viagem ao exterior desde que tomou posse em janeiro.
A Casa Branca reluta em dizer que Biden está buscando um "recomeço" das relações com Putin, e autoridades dos EUA veem um encontro face a face como uma oportunidade para reequilibrar o relacionamento se distanciando dos afagos do ex-presidente Donald Trump no presidente russo.
"Em nossa opinião, não é um recomeço. É um esforço para que não seja mais um foco central, para torná-lo mais previsível, trabalhar juntos no que concordamos --e no que discordamos, defender nossas posições", disse uma autoridade de alto escalão da Casa Branca à Reuters pedindo anonimato.
"Um recomeço implica que isto será um 'relacionamento estratégico mais importante da Presidência' único e definidor, e não acho que esta seja a mensagem que estamos tentando enviar."
Para o Kremlin, autoridades russas veem a cúpula como importante para ouvir Biden diretamente depois que uma fonte próxima do governo da Rússia disse haver sinais conflitantes da nova gestão norte-americana.
(Por Steve Holland e Humeyra Pamuk em Washington e Andrew Osborn em Moscou)