ANCARA (Reuters) - O presidente turco, Tayyip Erdogan, disse que tentará facilitar a ratificação parlamentar da entrada da Suécia na Otan o quanto puder, mas acrescentou que Estocolmo ainda não havia adotado medidas suficientes contra militantes curdos.
Erdogan enviou um projeto de lei aprovando a entrada da Suécia na Otan ao parlamento para ratificação no mês passado, o que agradou a aliança e Estocolmo. A Turquia levantou objeções em um primeiro momento dizendo que a Suécia abriga grupos que considera terroristas.
Falando com repórteres em um voo retornando do Cazaquistão na sexta-feira, Erdogan afirmou que Estocolmo tomou medidas contra protestos organizados pelo ilegal Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e também relacionadas a um preocupante embargo de armas à Turquia, mas não contra atividades do PKK na Suécia.
“Nosso dever era enviar ao parlamento em um primeiro momento, fizemos isso”, disse aos repórteres no avião, segundo a emissora Haberturk.
Erdogan também afirmou que negociações sobre o orçamento da Turquia para 2024 agora serão a prioridade, sugerindo que a provação da entrada da Suécia na Otan pode não ser rápida.
“Mas tentaremos facilitar o trabalho (de ratificar a entrada da Suécia na Otan) o quanto pudermos. Tentaremos mostrar esforços positivos o quanto conseguirmos neste momento, desde que nossos correspondentes nos abordem positivamente”.
(Reportagem de Tuvan Gumrukcu)