MADRI (Reuters) - O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, pediu a Cuba nesta terça-feira que liberte imediatamente Camila Acosta, jornalista detida em Havana na segunda-feira após cobrir os distúrbios civis no país para o jornal espanhol ABC.
"A Espanha defende o direito de se manifestar livremente e pacificamente e pede às autoridades cubanas que o respeitem... Exigimos a libertação imediata de Camila Acosta", tuitou Albares em seu segundo dia de trabalho.
O governo cubano reprimiu ativistas na noite de segunda-feira, depois que protestos em massa levaram milhares de pessoas às ruas no fim de semana, nas maiores manifestações antigovernamentais vistas na ilha comunista em décadas.
Acosta, que se descreve no Twitter como uma jornalista cubana independente, estava escrevendo para a ABC e publicando fotos da agitação nas redes sociais.
Pelo menos 100 manifestantes, ativistas e jornalistas independentes foram detidos em todo o país desde domingo, de acordo com o grupo de direitos no exílio Cubalex.
O diário espanhol ABC, que é de direita, disse que Cuba planeja acusar Acosta de supostos "crimes contra a segurança do Estado" e pediu a Madri que faça pressão diplomática sobre Havana para garantir sua libertação.
Albares assumiu o cargo na segunda-feira, após uma reforma ministerial surpresa no sábado, que levou a demissão de sua antecessora, Arancha González Laya, do gabinete.
(Por Nathan Allen e Belén Carreño)