Por Sarah Mills e Paul Sandle
LIVERPOOL, Inglaterra (Reuters) - A empolgação crescia em Liverpool neste sábado para a Grande Final do Eurovision 2023, um espetáculo que caminhará numa corda bamba entre refletir a situação na Ucrânia e evitar política explícita.
A cidade do norte da Inglaterra está sediando o concurso anual de música em nome da Ucrânia, vencedora de 2022, que não pôde realizar, como é costumeiro, devido à invasão da Rússia.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, foi impedido de se dirigir aos espectadores em todo o mundo --que chegaram a 160 milhões no ano passado-- pela organização do European Broadcasting Union.
A organização disse que conceder seu pedido, feito com "intenções louváveis", seria contrário à natureza não política do evento e às regras que proíbem fazer declarações políticas.
A Ucrânia, no entanto, está preparada ser destaque desde o início, com a Orquestra Kalush, vencedora do ano passado, apresentando sua faixa "Stefania" ao vivo no auditório, de acordo com os ensaios.
As 26 apresentações competidoras abrangem estilos musicais desde baladas até rock pesado e rap, começando com as austríacas Teya & Salena apresentando "Who The Hell is Edgar?", uma música intensa inspirada no escritor do século 19 Edgar Allan Poe.
Pam Minto, uma funcionária de 37 anos de Liverpool, disse estar orgulhosa de sua cidade e espera que isso deixe a Ucrânia orgulhosa.
"Adoramos todo o evento em Liverpool do começo ao fim, foi incrível", disse ela.
A ucraniana Anastasiia Iovova, uma professora de 31 anos que atualmente mora em Leeds, no norte da Inglaterra, disse que Liverpool parecia um lar no exterior.
"Estamos muito orgulhosos de estar aqui, muito orgulhosos que as pessoas no Reino Unido estão nos apoiando em tudo e somos muito gratos por isso", disse ela.
(Reportagem de Paul Sandle)