(Reuters) - De volta à seleção brasileira para os amistosos contra Inglaterra e Espanha, o meia Lucas Paquetá, do West Ham, disse nesta quarta-feira que vem cooperando ao máximo com as investigações sobre um suposto esquema de apostas no qual foram levantadas suspeitas sobre seu envolvimento.
A suspeição fez com que o meia ficasse de fora das convocações do ex-treinador do Brasil Fernando Diniz e também esfriaram negociações sobre uma possível transferência dele para outro clube da Europa, mas o atleta voltou à seleção com a chegada de Dorival Jr. ao comando técnico da equipe.
"Já são sete meses desde que isso aconteceu e eu estou cooperando ao máximo (com as investigações)", disse o meia em entrevista coletiva em meio à preparação da seleção para o amistoso com a Inglaterra no fim de semana.
Um órgão de monitoramento de movimentos e casos suspeitos envolvendo apostas levantou suspeitas contra o jogador brasileiro referentes a cartões amarelos recebidos por ele em partidas do Campeonato Inglês da temporada passada.
"São momentos que acontecem. Tenho feito meu trabalho bem feito no meu clube, tenho me divertido. Procuro não deixar nada de fora me atrapalhar em campo", afirmou o meia, que seguiu sendo escalado para defender o West Ham mesmo após as suspeitas serem levantadas, e isso foi um dos motivos dado por Dorival para chamar o meia.
"O West Ham sempre me deu apoio, não tinha motivo para que eles não fizessem o que fizeram, que foi nada além de botar seu jogador para jogar futebol. Fico feliz de estar ajudando, espero ajudar nesse final de temporada", disse.
"Sigo feliz, fazendo meu trabalho. Espero continuar assim."
Depois do jogo contra a Inglaterra, no sábado, o Brasil fará outro amistoso na semana que vem contra a Espanha, em Madri. Os jogos marcam a estreia de Dorival Jr. no comando da seleção.
Paquetá, que trabalhou sob comando de Dorival no Flamengo, revelou que vivia a expectativa de voltar a ser chamado para defender o Brasil e disse estar feliz com o retorno.
"Estou feliz pela convocação, pelo reconhecimento do meu trabalho. Estar na seleção sempre foi meu sonho, o sonho de toda criança. Por retornar, me sinto ainda mais privilegiado", disse o meia que disse ter tido uma conversa com Dorival antes da convocação, quando o técnico fez um tour pela Europa.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)