Por Sabine Siebold e John Irish
BERLIM (Reuters) - Os principais diplomatas da Finlândia e da Turquia se reúnem em Berlim neste sábado para tentar resolver divergências sobre os planos da Finlândia e da Suécia de ingressar na Otan, disse o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, conforme a aliança de 30 membros se reúne tendo como pano de fundo o conflito na Ucrânia.
A Suécia e a Finlândia estão se preparando para solicitar a adesão à aliança militar transatlântica em resposta ao que consideram uma situação de segurança fundamentalmente alterada devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. Isso atraiu ameaças de retaliação de Moscou e objeções da Turquia, membro da Otan.
"Tenho certeza de que encontraremos uma solução", disse Pekka Haavesto a repórteres ao chegar à capital alemã, acrescentando que conversou com seu "bom colega" Mevlut Cavusoglu, ministro das Relações Exteriores da Turquia, por telefone na sexta-feira.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, prometeu a ambos os países nórdicos uma recepção calorosa e um procedimento de adesão rápido, mas a Turquia, membro da Otan, surpreendeu ao se opor ao processo na sexta-feira.
O presidente Tayyip Erdogan disse que não poderia apoiar os planos dos países nórdicos, uma vez que eles são "o lar de muitas organizações terroristas".
No entanto, seu porta-voz Ibrahim Kalin, também o principal conselheiro de política externa do presidente, pareceu suavizar a posição de Ancara, dizendo à Reuters que a Turquia não fechou a porta, mas quer negociações e repressão ao que vê como atividades terroristas, especialmente em Estocolmo.