PARIS (Reuters) - A França promoveu uma grande despedida a Jean-Paul Belmondo nesta quinta-feira, dizendo que o carismático ator e lenda da Nouvelle Vague, que morreu na segunda-feira aos 88 anos, viverá para sempre nas telas do cinema.
O caixão de Belmondo foi carregado, coberto com a bandeira francesa, para o pátio do museu militar Les Invalides, em Paris, onde Napoleão está enterrado, para uma homenagem oficial.
Conhecido afetuosamente pelo povo francês como Bébel, Belmondo foi por muito tempo um dos atores mais populares da França, tendo mudado para os filmes convencionais depois de atingir a fama internacional como estrela da Nouvelle Vague no papel de um gangster existencial em "Acossado" (1959).
"Ele era o amigo que todos sonhavam ter", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, em um discurso durante a homenagem.
"Ele nunca deixou de se renovar, de se reinventar e, ao fazê-lo, de conquistar gerações sucessivas", disse Macron, acrescentando: "Adieu Bébel" (Adeus Bébel).
"Onde ele está, tenho certeza de que está sorrindo, como sempre", disse seu neto Victor Belmondo, um ator iniciante, na cerimônia no pátio dos Invalides, perto de uma grande foto sorridente de seu avô.
A família de Belmondo, ministros de gabinete e celebridades, incluindo o vencedor do Oscar Jean Dujardin e muitos outros atores franceses, bem como fãs, compareceram à cerimônia.
Belmondo mudou na década de 1960 para os filmes convencionais e se tornou um dos principais heróis de comédia e ação da França.
(Por Ingrid Melander)