Por Blake Brittain
(Reuters) - A Fundação Andy Warhol e a fotógrafa de celebridades Lynn Goldsmith disseram a um tribunal federal de Nova York nesta sexta-feira que chegaram a um acordo sobre um caso de direitos autorais envolvendo um trabalho de Warhol que culminou em uma importante decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos a favor da profissional, no ano passado.
Em declaração conjunta no tribunal, as partes afirmaram que o espólio de Warhol pagará a Goldsmith mais de 21 mil dólares, incluindo 11 mil em custos processuais, para encerrar a ação que surgiu pelos trabalhos de Warhol que mostravam o artista Prince.
O escritório Latham & Watkins, que atende à Fundação Warhol, anunciou em comunicado que a entidade está “feliz em encerrar este litígio e seguir com seu trabalho de apoiar artistas emergentes”. Representantes da fotógrafa não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
Goldsmith fotografou Prince para a revista Newsweek em 1981. A Vanity Fair encomendou posteriormente uma arte a Warhol, baseada na fotografia, para uma reportagem sobre o roqueiro.
Warhol então criou 14 silkscreens e duas ilustrações baseadas na foto, a maioria das quais sem autorização da autora. Goldsmith afirmou que não tomou ciência sobre as pinturas até depois da morte de Prince, em 2016, e acusou no ano seguinte a Fundação Warhol de infração de direitos autorais.
A Suprema Corte dos EUA determinou, por 7 a 2, que o espólio de Warhol não estava imune ao processo sob a doutrina de uso justo dos direitos autorais.