BRASÍLIA (Reuters) - O grupo técnico do agronegócio da equipe de transição do novo governo terá representantes de setores diversos e das principais regiões produtoras, além dos senadores Carlos Fávaro (PSD-MT), Kátia Abreu (PDT-TO), o empresário Carlos Ernesto Augustin e o deputado Neri Geller (PP-MT).
De acordo com Geller, que se reuniu nesta sexta-feira com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, os nomes serão formalizados na segunda-feira.
"Deve participar um integrante da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) -- eles são ligados mais na questão sanitária, exportação de proteína animal. Vai participar alguém da Abrapa (Associação Brasileira de Produtores de Algodão), que deve ser o Mario Portocarrero, e uma pessoa da OCB (Organização das Cooperativas do Brasil)", disse Geller.
Os indicados técnicos devem incluir ainda um nome do Paraná, do Rio Grande do Sul e do oeste baiano, incluindo alguém ligado à Confederação Nacional da Agricultura (CNA).
Geller, Fávaro e Augustin foram os principais interlocutores da campanha petista com o setor, tradicionalmente alinhado ao presidente Jair Bolsonaro. Geller, no entanto, afirma que já começa uma abertura para conversas.
"Está se apresentando diálogo, setor está começando a conversar. Melhorou o diálogo, a poeira precisa baixar, está baixando. A gente está trazendo o pessoal para dentro, o pessoal que tenha mais equilíbrio, que seja mais moderado, para que a gente possa ocupar os espaços e discutir a política do ponto de vista do agronegócio", disse Geller.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)