PARIS (Reuters) - A Anistia Internacional e o Human Rights Watch afirmaram que a eleição de Ebrahim Raisi como novo presidente do Irã foi um golpe aos direitos humanos e pediram que ele seja investigado pelo seu papel no que Washington e grupos de direitos humanos chamam de execuções extrajudiciais de milhares de prisioneiros políticos em 1988.
O Irã nunca reconheceu as execuções em massa, e Raisi nunca respondeu publicamente às acusações sobre sua participação. Alguns clérigos afirmaram que os julgamentos foram justos, elogiando a "eliminação" de adversários armados nos primeiros anos da revolução islâmica de 1979.
"O fato de Ebrahim Raisi ter chegado à presidência em vez de ser investigado por crimes contra a humanidade, de assassinato, desaparecimentos e tortura, é uma lembrança sombria de que a impunidade reina suprema no Irã", disse a secretária-geral da Anistia Internacional, Agnès Callamard, em um comunicado.
A Human Rights Watch, com sede em Nova York, ecoou esse sentimento.
(Reportagem de John Irish)