Por Parisa Hafezi e Emily Rose
DUBAI/JERUSALÉM (Reuters) - Israel respondeu ao Irã na madrugada de sábado (horário local) o Exército dizendo que estava realiza ataques contra alvos militares em resposta aos ataques de Teerã a Israel.
O Oriente Médio tem estado no limite, na expectativa da retaliação israelense por uma barragem de mísseis balísticos realizada pelo Irã em 1º de outubro, na qual cerca de 200 projéteis foram disparados contra Israel, o segundo ataque direto do Irã contra Israel em seis meses.
"Em resposta a meses de ataques contínuos do regime do Irã contra o Estado de Israel -- neste momento, as Forças de Defesa de Israel estão realizando ataques precisos contra alvos militares no Irã", disseram as Forças de Defesa de Israel em comunicado.
Israel afirma que tem o direito e o dever de responder aos ataques de Teerã e seus representantes, que incluíram ataques com mísseis lançados de solo iraniano.
"Nossas capacidades defensivas e ofensivas estão totalmente mobilizadas", acrescentou o comunicado.
O escopo do ataque não está imediatamente claro.
A TV estatal do Irã disse que várias explosões fortes foram ouvidas nos arredores da capital Teerã. A mídia semioficial iraniana disse que explosões também foram ouvidas na cidade vizinha de Karaj.
A agência de notícias Tasnim disse que "nada foi relatado sobre som de foguetes ou aviões no céu de Teerã até o momento".
A TV estatal citou autoridades de inteligência iranianas não identificadas dizendo que a origem das altas explosões "poderia ser a ativação do sistema de defesa aérea do Irã".
Autoridades iranianas advertiram repetidamente Israel contra o lançamento de uma ofensiva, dizendo que qualquer ataque ao Irã seria recebido com uma retaliação mais forte.
Os Estados Unidos foram notificados por Israel antes de seus ataques a alvos no Irã, mas não estavam envolvidos na operação, disse uma autoridade dos EUA à Reuters.
"Entendemos que Israel está realizando ataques direcionados contra alvos militares no Irã como um exercício de autodefesa e em resposta ao ataque de mísseis balísticos do Irã contra Israel em 1º de outubro", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Sean Savett.
Washington tenta evitar que o conflito se amplie ainda mais na região. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na quarta-feira que a retaliação de Israel não deve levar a uma escalada maior.
A TV estatal síria disse que explosões também foram ouvidas no campo e na região central de Damasco.
O ministro de Defesa israelense disse nesta semana que seus inimigos "pagarão um preço alto" por tentar prejudicar Israel.
Nas últimas semanas, Israel intensificou sua ofensiva contra os militantes palestinos do Hamas em Gaza e seu aliado Hezbollah, apoiado pelo Irã, no Líbano. A atual guerra foi desencadeada há um ano pelo ataque do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023.
(Reportagem de Parisa Hafezi em Dubai, Emily Rose e James Mackenzie em Jerusalém, Trevor Hunnicut e Phil Stewart em Washington e Ahmed Tolba)