NOVA YORK (Reuters) - Faz pouco menos de cinco anos desde que a carreira vencedora de Kevin Spacey, ator vencedor do Oscar, desmoronou por conta de uma série de acusações de má conduta sexual, começando quando Anthony Rapp o acusou de fazer um avanço sexual indesejado em 1986.
Ambos os atores estão agora se enfrentando no tribunal federal de Manhattan para um julgamento no processo civil de Rapp, que pede 40 milhões de dólares como indenização para o incidente, que teria acontecido quando ele tinha 14 anos.
O juiz distrital Lewis Kaplan e advogados de ambos os lados selecionaram na quinta-feira um júri de 12 pessoas. Todos os jurados negaram conhecer pessoalmente Spacey ou Rapp, ou ter lido ou ouvido qualquer coisa sobre o caso que os impedisse de chegar a um veredito justo.
"Você pode ter ouvido falar de um ou outro deles", disse Kaplan aos jurados em potencial antes de examiná-los para possível viés. "Você pode ter visto eles fazendo o que fazem para viver."
Spacey, de 63 anos, negou as acusações de Rapp e outras acusações de má conduta sexual.
"Esperamos um julgamento por júri com provas reais, em vez de um julgamento pelas redes sociais", disse a advogada de Spacey, Jennifer Keller, na quarta-feira.
Rapp, que estrelou o musical da Broadway "Rent", alegou em um processo de novembro de 2020 que Spacey o tocou à força durante uma festa na casa de Spacey em Nova York. Ele disse que saiu após o breve encontro.
Rapp, de 50 anos, está buscando danos compensatórios e punitivos por agressão e inflição intencional de sofrimento emocional.
Spacey ganhou o Oscar de melhor ator em "Beleza Americana" e de melhor ator coadjuvante em "Os Suspeitos", mas sua carreira naufragou depois que mais de 20 homens o acusaram de má conduta sexual.
A Netflix (NASDAQ:NFLX) o retirou do drama político "House of Cards", e Christopher Plummer o substituiu no papel de J. Paul Getty em "Todo o Dinheiro do Mundo" apenas algumas semanas antes do lançamento programado do filme.
Spacey enfrentará um julgamento criminal em Londres no ano que vem depois de se declarar inocente de cinco acusações de crimes sexuais por supostas agressões entre 2005 e 2013.
Ele foi acusado de agressão indecente em Massachusetts em 2018 por alegações de que abusou sexualmente de um homem de 18 anos em um bar de Nantucket em 2016, mas os promotores posteriormente retiraram as acusações depois que a suposta vítima se recusou a testemunhar.