BARCELONA (Reuters) - O presidente do Barcelona, Joan Laporta, disse nesta sexta-feira que o clube não tem escolha a não ser se separar de Lionel Messi, que esteve em Camp Nou durante toda a sua carreira como jogador, pois a permanência dele poderia prejudicar a já precária situação financeira do clube.
Laporta disse que o clube e Messi queriam assinar um novo contrato, mas os salários já representam 110% do faturamento do clube, o que significa que está gastando muito mais do que o esperado e tal mudança seria financeiramente arriscada.
"O clube está acima de tudo - até acima do melhor jogador do mundo", afirmou ele em uma coletiva de imprensa.
O artilheiro do Barça terminou tecnicamente sua associação de 21 anos com o clube no final de junho e atualmente é um agente livre após seu contrato anterior expirar.
O último contrato de Messi, assinado em 2017, foi o mais lucrativo do esporte mundial, segundo reportagem do jornal El Mundo.
Laporta disse em uma coletiva de imprensa que tanto o clube quanto Messi queriam assinar um novo contrato.
Ele também acrescentou que as perdas financeiras da temporada 2020-21 afetadas pelo coronavírus seriam o dobro do que o esperado.
"Eu disse que faríamos todo o possível para manter Messi no Barça dentro da situação econômica do clube", disse ele.
"Chegamos a um acordo, mas não pudemos formalizá-lo por causa da situação econômica do clube, o que significa que não podemos registrar o jogador devido a limites salariais. Não quero continuar falando sobre a situação que herdamos e as terríveis decisões que foram tomadas no passado. Nós fomos de mal a pior", disse.
(Por Joseph Walker, Nathan Allen e Joan Faus)