NAZARÉ, Portugal (Reuters) - O surfista brasileiro Lucas Chianca venceu o Nazaré Big Wave Challenge de 2023 nesta segunda-feira, quando ondas de mais de 10 metros atingiram a costa portuguesa, no momento em que o clima extremo causa estragos pela Europa.
Depois de esperar por quase dois meses por uma grande ondulação no que tem sido uma temporada calma em Nazaré, a competição começou com ondas de 7,5 metros na manhã desta segunda-feira e terminou com paredões de mais de 10 metros no final da tarde, mas não atingiu a ondulação prevista inicialmente de até 15 metros.
A praia de Nazaré, em Portugal, possui as maiores ondas surfáveis do mundo, ampliadas por um cânion subaquático de 5 quilômetros de profundidade que termina onde o Atlântico Norte encontra a costa perto da antiga vila de pescadores.
O havaiano Garrett McNamara colocou Nazaré no mapa do surfe mundial em 2011, quando estabeleceu o recorde da maior onda já surfada em todos os tempo, com 23,77 metros.
O brasileiro Rodrigo Koxa superou a marca de McNamara em 2017, também em Nazaré, e o alemão Sebastian Steudtner quebrou o recorde novamente em 2020, surfando uma onda de 26,21 metros.
Esta segunda-feira não foi a maior que Nazaré pode oferecer, mas Chianca deu um show e pegou a melhor onda do dia, marcando 7,83 pontos para se tornar campeão.
Ele também ganhou o prêmio de Melhor Desempenho em Equipe ao lado do compatriota Pedro Scooby. Maya Gabeira derrotou Michelle des Bouillons para ganhar a Melhor Performance Feminina em outro confronto totalmente brasileiro.
A competição terminou, mas mais ondas são esperadas, uma vez que o clima extremo vem causando interrupções de viagens e falta de energia elétrica em toda a Europa.
Centenas de voos foram adiados ou cancelados em muitos países europeus nos últimos dias, enquanto tempestades de neve causaram estragos nas estradas da Espanha e da Áustria.
A rede ferroviária do Reino Unido foi interrompida, voos foram cancelados e milhares de residências ficaram sem energia nesta segunda-feira, depois que o país foi atingido pela tempestade Isha durante a noite.
(Reportagem de Fernando Kallas, em Madri)
((Tradução Redação Rio de Janeiro))
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