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Lula lidera com 44% e Bolsonaro soma 32%; vantagem numérica do petista diminui, mostra pesquisa Genial/Quaest

Publicado 03.08.2022, 07:33
Atualizado 03.08.2022, 14:30
© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião do PSB em Brasília
29/07/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino
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SÃO PAULO (Reuters) -O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue na liderança da corrida pelo Palácio do Planalto, mas sua vantagem numérica sobre o presidente Jair Bolsonaro (PL) diminuiu de 14 para 12 pontos percentuais, mostrou nesta quarta-feira pesquisa Genial/Quaest, ainda que a variação dos dois candidatos tenha se dado dentro da margem de erro da sondagem.

Lula aparece com 44% das intenções de voto, 1 ponto percentual a menos que no início de julho, enquanto Bolsonaro soma 32%, 1 ponto a mais que um mês atrás. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

A diferença de 12 pontos percentuais é a menor na série histórica iniciada em julho do ano passado.

Os demais candidatos e pré-candidatos que pontuaram somaram juntos 10%. O ex-governador Ciro Gomes (PDT) tem 5% (ante 6%), seguido pela senadora Simone Tebet (MDB) e pelo deputado André Janones (Avante), ambos com 2%, repetindo a taxa do levantamento anterior. Pablo Marçal (Pros) somou 1% (ante 2%).

Quando comparados com janeiro deste ano, os números da pesquisa mostram que Lula oscilou 1 ponto para baixo (tinha 45%), enquanto Bolsonaro subiu 9 pontos (tinha 23%). Os demais nomes que pontuaram caíram juntos 9 pontos (tinham 19%).

No caso de um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista aparece com 51% das intenções de voto, contra 37% do presidente. O placar anterior estava em 53% a 34%.

Na resposta espontânea para o primeiro turno, quando o pesquisador não apresenta do nome dos candidatos ao entrevistado, Lula aparece com 33% contra 26% de Bolsonaro -- o placar era de 31% a 24% no início de julho.

AUXÍLIO BRASIL

A pesquisa traz também dados que indicam um impacto potencial do aumento no valor do Auxílio Brasil de 400 para 600 reais na decisão de voto de alguns eleitores.

O aumento do Auxílio Brasil, assim como outros gastos sociais, foi autorizado com a aprovação da chamada PEC dos Benefícios pelo Congresso e é uma das principais apostas da campanha de Bolsonaro para reduzir a vantagem de Lula.

Questionados, 82% dos entrevistados disseram que já sabiam sobre o aumento do Auxílio Brasil, enquanto 18% afirmaram ficar sabendo naquele momento. Na pesquisa anterior, eram 61% os que já tinham conhecimento da medida.

Para 24% dos entrevistados, as chances de votar em Bolsonaro aumentam devido à elevação do Auxílio Brasil, enquanto 46% se mostraram indiferentes à medida e 28% disseram que isso reduz a possibilidade de votar no presidente.

Quando a questão é feita entre eleitores que na pesquisa dizem que votarão em Lula, a fatia dos que dizem que aumentam as chances de votar em Bolsonaro é de 10%, com 41% indiferentes e 47% afirmando que a possibilidade diminui.

Quando a pesquisa mostra as intenções de voto para o primeiro turno entre os eleitores que recebem o Auxílio Brasil, Lula recuou para 52% (ante 62% na sondagem anterior), enquanto Bolsonaro passou para 29% (ante 27%) e os demais candidatos somados vão a 9% (ante 5%).

O levantamento também apontou que a avaliação negativa do governo de Bolsonaro está em 43% (ante 47%), ao passo que o percentual dos que avaliam o governo de forma positiva oscilou para 27% (ante 26%) e aqueles que veem o governo como regular somam 27% (ante 25% na sondagem anterior). Segundo o instituto Quaest, a avaliação negativa está no patamar mais baixo desde 2021.

© Reuters. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião do PSB em Brasília
29/07/2022 REUTERS/Ueslei Marcelino

Mas a maioria, 51%, ainda acha que Bolsonaro não está fazendo o que pode para resolver os problemas do país (eram 52% na pesquisa anterior), enquanto 45% consideram que o presidente faz o que é possível fazer (eram 42%)

Na pesquisa encomendada pela Genial Investimentos, o Quaest ouviu 2.000 pessoas de forma presencial entre os dias 28 e 31 de julho --o levantamento anterior foi feito entre 29 de junho e 2 de julho.

(Por Alexandre CaverniEdição de Eduardo Simões e Pedro Fonseca)

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