Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Lula reabre relações com América Latina em viagem à Argentina e volta do Brasil à Celac

Publicado 20.01.2023, 20:27
Atualizado 20.01.2023, 20:30
© Reuters. Lula e Fernández se reúnem no Itamaraty um dia depois da posse do petista
02/01/2023
REUTERS/Adriano Machado

Por Lisandra Paraguassu

BUENOS AIRES (Reuters) - Três semanas depois de tomar posse pela terceira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugura no domingo a retomada de sua política externa com uma visita à Argentina e a retomada das relações do Brasil com a América Latina, no aguardado retorno do país à Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).

Lula decidiu não ir ao Fórum Econômico de Davos --para onde foram enviados os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente, Marina Silva-- para dar preferência aos parceiros regionais. É o sinal claro da intenção do presidente de retomar pontes rompidas durante o governo de Jair Bolsonaro.

O Brasil havia abandonado a Celac em 2019, por ordem de Bolsonaro, que rechaçou participar do grupo regional em que estavam Cuba e Venezuela. Nesse meio tempo, rompeu relações diplomáticas com a Venezuela, praticamente desistiu das instâncias de negociação com a Argentina, um dos maiores parceiros comerciais brasileiros.

"Passado apenas três semanas da posse o Brasil volta ao mundo, e com a primeira escala obrigatória na região, começando pela Argentina. Isso é a grande mensagem. O presidente Lula já ressaltou muito essa imagem do Brasil voltando ao mundo", disse o embaixador Michel Arslanian Neto, secretário de Américas do Itamaraty.

O governo brasileiro comunicou no dia 5 de janeiro à secretaria-executiva da Celac o retorno do Brasil ao fórum regional, em uma das primeiras medidas de reconstrução da política externa. O Itamaraty criou, inclusive, um departamento temporário para reinserir o Brasil na Celac, depois de três anos de ausência não apenas nas decisões, mas em iniciativas regionais, como por exemplo ações de integração energética e até na área de saúde, durante a pandemia.

"Foram três anos de distanciamento. Estamos retomando aproximação com parceiros da região como política de Estado, independentemente da orientação política", disse o embaixador.

A retomada inclui, na agenda de viagem, um encontro bilateral com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e com o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, os dois países da região ignorados por Bolsonaro por questões ideológicas, que devem ser os principais encontros de Lula fora da agenda da Celac e da visita oficial ao governo argentino. Também está marcada uma reunião com o diretor-geral do Fundo das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), QU Dongyu.

GASODUTO DE VACA MUERTA

Já com a Argentina, a intenção também é retomar um relacionamento que caiu no esquecimento nos últimos anos, apesar de o país vizinho ser o principal parceiro comercial do Brasil na região. Arslanian Neto ressalta que os mecanismos bilaterais não foram totalmente abandonados justamente pela forte relação entre os dois países, mas pouco se avançou nos últimas três anos.

Em 2022, as exportações brasileiras para a Argentina chegaram a 15,3 bilhões de dólares, 29% a mais que no ano anterior. Mesmo assim, ainda não voltaram aos valores de 2017, quando alcançou 17,6 bilhões.

Na primeira visita depois de três anos praticamente inertes, há pouco por enquanto para se anunciar de concreto. Os dois presidentes devem assinar um acordo para cooperação científica e logística na Antártida.

Os argentinos tentam avançar em outro ponto, a retomada das obras no gasoduto de Vaca Muerta, que liga o campo de exploração até a fronteira com o Rio Grande do Sul, o que ajudaria a diminuir a dependência do Brasil do gás boliviano --a estimativa é que Vaca Muerta seja o segundo maior campo de gás do mundo.

Os argentinos querem ajuda para terminar a obra, e o governo brasileiro acena com a possibilidade de ajuda através do BNDES.

© Reuters. Lula e Fernández se reúnem no Itamaraty um dia depois da posse do petista
02/01/2023
REUTERS/Adriano Machado

No entanto, uma fonte ouvida pela Reuters revela que o banco não deve mais financiar empreiteiras brasileiras para obras no exterior, como fez no passado, mas apenas a compra de bens --equipamentos e peças-- fabricados no Brasil, para serem usados na obra.

Lula chega a Buenos Aires na noite de domingo, acompanhado de cinco ministros --Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad, Nísia Trindade (Saúde), Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação da Presidência) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Na segunda, tem uma sequência de reuniões com o presidente argentino, Alberto Fernández, e ministros para discutir os temas de interesse dos dois países.

Na terça, o presidente participa da Celac e na quarta pela manhã vai ao Uruguai para uma visita ao presidente Lacalle Pou.

Últimos comentários

Brazil is back
É....olhai com quem andas, e direi quem és...ladeiraaaaaa
cosa nostra
voltar a carrega los nas costas
Nine por favor não vai saquear de novo nosso país pra dar dinheiro pra fora... Arruma a casa aqui primeiro que tá feia.
Brasil vai voltar a financiar outros países e tomar calote, parece que aprendeu nada...
voltamos finalmente
Para isso que vencemos as eleições duas vezes ( primeiro e segundo turno para ficar bem claro a vontade popular ), para isso que fiz o L duas vezes.
Tudo comunista.
Encontro de pilantras
Lula 13 🚩🚩🚩🚩 tem razão .
Coitado do contribuinte Brasileiro
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.