SÃO PAULO (Reuters) - A batalha cada vez mais acirrada entre clubes europeus e a seleção brasileira ganhou uma nova reviravolta nesta quarta-feira, quando os jogadores Malcom e Claudinho foram obrigados a deixar o Brasil e retornar ao seu clube na Rússia, informou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O atacante Malcom e o meio-campista Claudinho “receberam constantes comunicados de seu clube, o Zenit São Petesburgo, obrigando que ambos retornassem nesta quarta-feira à Rússia.”, afirmou a CBF em comunicado.
Os dois jogadores foram convocados depois que nove brasileiros da Premier League inglesa foram informados de que seus clubes não iriam liberá-los para jogar em um país na lista vermelha do Reino Unido para a Covid-19, porque teriam de ficar em quarentena por 10 dias na volta da América do Sul.
Os nove não viajaram para os jogos do Brasil pelas eliminatórias da Copa do Mundo contra o Chile, em 2 de setembro; a Argentina, em 5 de setembro; e o Peru, em 9 de setembro.
Claudinho e Malcom se juntaram ao time no Rio de Janeiro no fim de semana e, apesar de terem treinado normalmente, não vão viajar para o Chile.
"A CBF, respaldada pelas regras da Fifa, conversou com os jogadores e explicou que eles não poderiam sofrer nenhuma das sanções ameaçadas pela equipe. Ainda assim, após algumas conversas com o coordenador da seleção, Juninho Paulista, e o técnico Tite, eles decidiram pelo retorno", disse a CBF.
A CBF enviou reclamação formal à Fifa e pediu que esta imponha "todas as punições cabíveis ao Zenit".
O Brasil lidera as eliminatórias de 10 seleções da América do Sul para o Mundial de 2022, com a Argentina em segundo lugar. As quatro primeiras equipes se classificam automaticamente para o Catar.
(Reportagem de Andrew Downie)