DUBAI (Reuters) - Manifestantes no Irã convocaram no domingo uma greve de três dias nesta semana, intensificando a pressão sobre as autoridades depois que um promotor disse que a polícia moral, cuja detenção de uma jovem desencadeou meses de protestos, havia sido encerrada.
Não houve confirmação do fechamento por parte do Ministério do Interior, encarregado da polícia da moralidade, e a mídia estatal iraniana disse que o promotor público Mohammad Jafar Montazeri não era responsável por supervisionar a força.
As principais autoridades iranianas disseram repetidamente que Teerã não mudaria a política obrigatória do hijab da república islâmica, que exige que as mulheres se vistam modestamente e usem lenços na cabeça, apesar de 11 semanas de protestos contra os rígidos regulamentos islâmicos.
Centenas de pessoas foram mortas nos protestos que eclodiram em setembro após a morte de Mahsa Amini, uma iraniana curda de 22 anos que foi detida pela polícia moral por desrespeitar as regras do hijab.
Os manifestantes que buscam manter o desafio aos governantes clericais do Irã pediram uma greve econômica de três dias e uma manifestação na Praça Azadi (Liberdade) de Teerã na quarta-feira, de acordo com postagens compartilhadas no Twitter por contas não verificadas pela Reuters.
(Reportagem da Redação de Dubai)