BERLIM (Reuters) - A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, visitou novamente nesta terça-feira a área atingida por enchentes, enquanto seu governo é alvo de questionamentos sobre como a principal economia da União Europeia foi pega de surpresa por inundações que haviam sido previstas dias antes.
As enchentes mataram mais de 160 pessoas na Alemanha, devastando vilarejos, varrendo casas, estradas e pontes semana passada, e sublinhando as lacunas na forma como alertas de mau tempo são passados à população.
Com o país a cerca de 10 semanas de eleições nacionais, as enchentes colocaram as habilidades de gestão de crise dos líderes alemães em pauta, com a oposição sugerindo que a contagem de mortos revela falhas sérias nos planos de prontidão da Alemanha contra enchentes.
"Para algumas das pessoas que vivem aqui, isso significa uma situação terrível, muitas das casas estão inabitáveis", disse Merkel durante a visita. "O único consolo é a solidariedade das pessoas."
Autoridades do governo rebateram na segunda-feira sugestões de que haviam feito muito pouco para se preparar para as enchentes e disseram que os sistemas de alerta funcionaram.
Em sua primeira visita a uma cidade atingida pela enchente, no domingo, uma abalada Merkel descreveu o evento como "aterrorizante" e prometeu uma rápida ajuda financeira.
A reconstrução da infraestrutura destruída exigirá um "grande esforço financeiro" nos próximos anos, como mostrou o rascunho de um documento nesta terça-feira.
(Por Holger Hansen)