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Momento é complexo, mas é preciso forçar a situação para mudar governança global, diz Vieira

Publicado 21.02.2024, 13:14
© Reuters. Mulheres passam por cartaz do G20 na praia de Copacabana
21/02/2024
REUTERS/Pilar Olivares

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) - Mesmo em meio a tensões internacionais que acirram ainda mais as divisões entre os membros do G20, o governo brasileiro vai insistir na reforma das instituições de governança global e é preciso "forçar uma situação" e colocar a pauta na mesa com urgência, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera.

O Brasil propõe uma reforma ampla do sistema da Organização das Nações Unidas (ONU), que passa inclusive por mudanças na carta original da organização. Negociador do G20, o embaixador Maurício Lyrio lembra que a carta não cita, por exemplo, as questões ambientais, que não eram um tema há 70 anos, mas precisa ser considerado hoje.

O governo brasileiro historicamente tem um foco e uma proposta para mudanças no Conselho de Segurança da ONU que incluem o aumento do número de membros permanentes, que poderiam ser 15, e o fim do direito de veto. A representação passaria a incluir Brasil, Alemanha, Índia, Japão e representantes dos países africanos e outros asiáticos.

"O Conselho seria mais democrático se talvez estivesse mais instrumentado para resolver situações. Mas é isso, nós precisamos forçar uma situação", afirmou o ministro em entrevista à Reuters e a outra agência de notícias antes da primeira reunião de chanceleres do G20 durante a presidência brasileira do grupo, nesta semana.

"Nossa proposta é essa. Que o Conselho de Segurança especificamente tem que ser reformado, tem que ser mais democrático, contar com a representação de mais países, de todos os continentes. Não é possível que a África, o maior continente, com uma população gigantesca, com países importantes, não esteja representada. Que a América Latina não esteja representada, outros países na Ásia, como a Índia. Isso é um absurdo e isso precisa ser mudado", acrescentou.

Outro ponto essencial para o Brasil, que não vinha sendo citado, é a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). Praticamente abandonada desde o governo do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, a organização, que teve papel fundamental nas discussões sobre liberalização do comércio nas décadas de 1990 e 2000, perdeu relevância e está praticamente esquecida.

© Reuters. Mulheres passam por cartaz do G20 na praia de Copacabana
21/02/2024
REUTERS/Pilar Olivares

"OMC também precisa ser reformada. Para o Brasil é fundamental, para questão agrícola é fundamental. O Brasil tem o multilateralismo na sua própria Constituição, no princípio da sua política externa. É uma arma importante para fazer valer as nossas posições", defendeu o ministro.

Mesmo em meio a crises internacionais que colocam em lados opostos membros fundamentais do bloco, como as guerras na Ucrânia e em Gaza, Vieira acredita que é o momento para o G20 conseguir levar adiante discussões como essa.

"Esse momento complexo oferece a ocasião do G20 ser um foro importante", disse. "Acho que as dificuldades são naturais, o convívio das nações, os conflitos de interesse e tudo. No momento, eu acho que essas dificuldades vão ser discutidas, serão abordadas ao longo do ano nas diferentes reuniões no G-20. Essa reunião de agora a agenda é a reforma da governança global."

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