SÃO PAULO (Reuters) - O ex-ministro Eliseu Padilha morreu na segunda-feira aos 77 anos, vítima de um câncer de estômago, de acordo com nota divulgada pela família.
Padilha estava internado em Porto Alegre, onde será realizado o velório na quarta-feira. Ele deixa esposa, seis filhos e cinco netos.
"Recebo com pesar a notícia da morte de Eliseu Padilha, líder habilidoso e dedicado ao RS e ao Brasil, que serviu como ministro de três presidentes da República. Meus pensamentos e solidariedade vão para sua família e amigos neste momento de tristeza", escreveu Eduardo Leite, governador do Rio Grande do Sul, no Twitter.
Advogado e empresário, Padilha desempenhou papéis relevantes na política brasileira e ocupou postos de comando ao longo da história do país. Além de deputado, Padilha foi ministro dos Transportes no governo de Fernando Henrique Cardoso, ministro da Aviação Civil no governo da ex-presidente Dilma Rousseff e ministro da Casa Civil de Michel Temer.
Ele ainda foi tido como um dos articuladores do impeachment de Dilma. Braço direito de Temer, que sucedeu Dilma na Presidência da República, Padilha marcou sua atuação pela habilidade na articulação política, que incluía a construção de listas e planilhas com nomes e números dos apoios que obtinha nas negociações.
Nascido em dezembro de 1945 em Canela, no Rio Grande do Sul, filiou-se ao MDB em 1966, foi prefeito de Tramandaí (RS) no fim da década de 1980. Elegeu-se deputado federal pela primeira de muitas vezes em 1994, e em algumas ocasiões licenciou-se do mandato para assumir cargos no Executivo.