LONDRES (Reuters) - O museu V&A de Londres disse nesta quinta-feira que garantiu a guarda do arquivo do falecido astro da música David Bowie para o país, adquirindo mais de 80.000 itens de sua carreira a serem disponibilizados ao público a partir de 2025.
O museu, que sediou a aclamada exposição "David Bowie É" em 2013, abrirá o Centro David Bowie para Estudo das Artes Performáticas em sua V&A East Storehouse, no leste de Londres, onde fãs, alunos e pesquisadores poderão obter informações sobre o processo criativo do pioneiro cantor e compositor britânico.
O arquivo traz as letras de Bowie escritas à mão para canções como "Fame" e "Heroes", esboços, cartas, figurinos -- incluindo as peças de Ziggy Stardust -- , adereços de palco, e instrumentos, além de escritos íntimos e projetos não realizados, muitos nunca antes vistos pelo público.
Há também mais de 70.000 fotos, impressões, slides, negativos, folhas transparentes de grande formato e folhas de contato tiradas por fotógrafos famosos, incluindo Terry O'Neill e Helmut Newton.
"O arquivo é fascinante, segue a carreira de David Bowie e sua vida era arte", disse à Reuters Kate Bailey, curadora sênior e produtora de teatro e performance do V&A.
Visionário astro do rock que transitou pelos mundos da música, moda, drama e arte por cinco décadas, Bowie morreu de câncer em 2016, aos 69 anos.
(Reportagem de Marie-Louise Gumuchian)