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No G7, Lula cobra que países ricos não deixem “resto do mundo para trás” na transição verde

Publicado 20.05.2023, 11:34

(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu neste sábado que os países ricos não deixem o resto do mundo para trás no processo de transição verde e, em discurso ao lado dos líderes das maiores democracias globais, cobrou financiamento e apoio a nações emergentes.

Em reunião de trabalho do Grupo dos Sete (G7) em Hiroshima, no Japão, Lula ainda pediu que os países desenvolvidos cumpram a promessa de alocar 100 bilhões de dólares ao ano em ações climáticas.

“De nada adianta os países e regiões ricos avançarem na implementação de planos sofisticados de transição se o resto do mundo ficar para trás ou, pior ainda, for prejudicado pelo processo”, disse.

“Os países em desenvolvimento continuarão precisando de financiamento, tecnologia e apoio técnico", acrescentou.

O presidente afirmou que o Brasil quer liderar o processo de proteção do meio ambiente e disse que o país cumprirá os compromissos de zerar o desmatamento até 2030 e alcançar as metas voluntariamente assumidas no Acordo de Paris.

Em outro discurso, Lula defendeu uma reforma do Conselho de Segurança da ONU para ampliar o número de membros permanentes e criticou o que chamou de “blocos antagônicos”.

O presidente disse que houve “retrocessos importantes” nos últimos anos, citando o enfraquecimento do sistema multilateral de comércio.

“Não tenhamos ilusões, nenhum país poderá enfrentar isoladamente as ameaças sistêmicas da atualidade. A solução não está na formação de blocos antagônicos ou respostas que contemplem apenas um número pequeno de países”, afirmou.

Para ele, não faz sentido conclamar países emergentes a contribuir para resolver as crises que o mundo enfrenta sem que as preocupações desses atores sejam atendidas e sem que eles estejam adequadamente representados nos principais órgãos de governança global.

“Coalizões não são um fim em si, e servem para alavancar iniciativas em espaços plurais como o sistema ONU e suas organizações parceiras. Sem reforma de seu Conselho de Segurança, com a inclusão de novos membros permanentes, a ONU não vai recuperar a eficácia, autoridade política e moral para lidar com os conflitos e dilemas do século XXI”, disse.

© Reuters. World leaders from G7 and invited countries (top row L-R) Mathias Cormann, Secretary-General of the Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD), Managing Director of the IMF Kristalina Georgieva, European Council President Charles Michel, German Chancellor Olaf Scholz, India's Prime Minister Narendra Modi, France's President Emmanuel Macron, US President Joe Biden, Canada's Prime Minister Justin Trudeau, Australia's Prime Minister Anthony Albanese, European Commission President Ursula von der Leyen, Executive Director of the International Energy Agency Fatih Birol, (bottom row L-R) President of the World Bank David Malpass, secretary-general of the United Nations Antonio Guterres, Italy's Prime Minister Giorgia Meloni, Cook Islands Prime Minister Mark Brown, South Korea's Yoon Suk Yeol, Indonesia's President Joko Widodo, Japan's Prime Minister Fumio Kishida, Comoros President Azali Assoumani, Brazil's President Luiz Inacio Lula de Silva, Vietnam's Prime Minister Pham Minh Chinh, Britain's Prime Minister Rishi Sunak, and Director-General of the World Trade Organization Ngozi Okonjo-Iweala pose for a family photo of leaders of the G7 and invited countries during the G7 Leaders' Summit in Hiroshima on May 20, 2023.     BRENDAN SMIALOWSKI/Pool via REUTERS

O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, 5 permanentes (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e 10 não-permanentes, que são eleitos para mandatos de dois anos pela Assembleia Geral. O Brasil atualmente é um membro não-permanente, sem direito a voto.

Lula ainda afirmou que o endividamento externo de muitos países, que hoje “assola a Argentina”, é causa de desigualdade e requer do Fundo Monetário Internacional (FMI) um tratamento que considere as consequências sociais das políticas de ajustes econômicos.

 

(Por Bernardo Caram)

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