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Nota de Bolsonaro é recebida com ceticismo no STF, que manterá atuação independente

Publicado 10.09.2021, 16:28
Atualizado 10.09.2021, 16:30
© Reuters. 04/04/2018
REUTERS/Adriano Machado

Por Ricardo Brito

BRASÍLIA (Reuters) - A Declaração à Nação divulgada na quinta-feira pelo presidente Jair Bolsonaro foi recebida com ceticismo por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo fontes ouvidas pela Reuters, que destacaram que a corte vai manter sua atuação independente em casos que envolvem o chefe do Executivo, aliados dele ou interesses do governo.

Bolsonaro afirmou na nota que nunca teve a intenção de agredir quaisquer dos Poderes, embora tenha dito que as pessoas que exercem o poder não têm o direito de "esticar a corda" a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

O presidente acrescentou que boa parte das divergências que têm causado conflitos decorrem de entendimentos a respeito de decisões adotadas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

Moraes conduz essa e outras investigações sensíveis contra Bolsonaro e aliados e tem sido o alvo preferencial do presidente nas últimas semanas. Na terça-feira, a apoiadores em São Paulo, Bolsonaro disse que não acataria mais decisões do magistrado.

Duas fontes do Supremo afirmaram reservadamente que, embora os ministros vejam com bons olhos a iniciativa do presidente, desconfiam se haverá uma efetiva mudança no comportamento do presidente.

Uma delas resumiu a situação afirmando que será bom se efetivamente a intenção de Bolsonaro for real e perdurar. A outra elogiou a iniciativa, mas admitiu ser difícil de acreditar.

A avaliação corrente no Supremo, conforme as fontes, é que Bolsonaro não dá sinais de que deseja encerrar os embates com a corte. Há quem sequer considere a nota como um recuo do chefe do Poder Executivo das ameaças feitas dois dias antes, mas sim uma manifestação para ganhar tempo e voltar à carga contra o tribunal futuramente.

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Por isso, disseram, não se deve ver manifestações públicas do ministros --e do presidente do STF, Luiz Fux-- sobre a declaração do presidente.

No dia seguinte após os novos ataques de Bolsonaro contra Moraes, nas manifestações do 7 de Setembro, Fux reagiu duramente em discurso e alertou que descumprir ordens da Justiça configura crime de responsabilidade --delito que pode ser punido com impeachment.

A Declaração à Nação foi divulgada por Bolsonaro após se reunir com o ex-presidente Michel Temer --Moraes foi ministro da Justiça do emedebista e por ele indicado para o Supremo. Bolsonaro e Moraes conversaram posteriormente por telefone.

ATUAÇÃO FIRME

Uma das fontes disse que o gesto de Bolsonaro não vai mudar em nada a atuação do tribunal. "O Supremo não é pautado pelo Executivo", destacou.

Na avaliação dessa fonte, se houver necessidade de tomar uma decisão mais firme contra o governo, o próprio presidente, ou familiares, a corte vai tomar. Nesse aspecto, a fonte destacou a independência de atuação de Alexandre de Moraes. Por isso, acredita que esse sinal dado por Bolsonaro não vai durar muito.

A outra fonte do STF destacou que o esgarçamento da relação do Executivo com o Judiciário vai prejudicar ainda mais a solução para um impasse do governo para o pagamento dos precatórios do próximo ano. A equipe econômica buscava conseguir o aval do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), espécie de administrador dos precatórios, para garantir o parcelamento dessas dívidas.

Em meio a ataques de Bolsonaro a ministros do STF, a articulação, que passava pela cúpula dos três Poderes, tinha perdido força. Mas as investidas ainda mais duras, especialmente contra Moraes, no 7 de Setembro, disse a fonte, reduziram ainda mais a possibilidade de esse acordo avançar. "Piorou a situação", resumiu.

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Ainda assim, segundo as fontes, o sentimento majoritário do STF é tentar respaldar a agenda econômica que poderá ajudar na recuperação mais rápida após a fase mais grave da pandemia.

Últimos comentários

STF é dependente da grana q levam dos bandidos
E a terra continua girando.
Bozo se cagou todo quando o STF ergueu o tom. Continuem nas investigação contra a Familicia Bozonaro. Cadeia neles.
Xandao, não de mole para a presidente mais corrupto e ineficaz da história do Brasil. Cadeia para o Froxonaro
Não Cláudio. A culpa é sempre de quem não acata as ordens do Ditador. ou dos governadores kkk
STF continuará agindo sem respeitar as leis e a Constituição.Em breve teremos 11 generais no STF. Culpa dos bandidos do Senado.
Quem sempre desrespeitou a constituição é a família do genocida incompetente, a lei não permite não roubar dinheiro público através da contratação de funcionários fantasmas, não permite ameaçar, tentar fraudar eleições e dar golpe.
melhor um Militar, do que um bandido no poder. faz assim adote um bandido para ficar na sua casa, que tal um estuprador ou pedofilo para ficar com sua esposa e filhos!
Agora todos vão ter certeza quem está esticando a corda e já começou não deram nem 24 horas já querem obrigar o congresso a ter prazo para saber se obedece ou não a eles, resumo este recuo do Bolsonaro não vai adiantar o problema está no STF.
pô João Ribeiro cala boca e olhe: INFLAÇÃO I.G.P.M 38,04% aa, I.P.C.A 8,99% aa, DESEMPREGO nas alturas 14,8milhões de brasileiros sem trabalho e renda. +585 mil m0rtes por covid-19. bolsonaro CULPADO. #governoDeM.E.R.D.A
Presidente agiu com destreza e agora a bomba ta na mão do STF qualquer mal estar entre os poderes agora vai ser culpa do STF!Resumindo ele foi bem esperto
desastresa vc quis dizer né?
Bolsonaro não recuou ! ele sempre lutou pela liberdade e pela democracia
Atuação independente igual a Atuação Tendenciosa. E tem mais uma se o STF não der um passo na direção da paz ficará mais claro ainda quem são as forças do mal que atuam no Brasil. Melhor abandonarem as posturas soberbas e irem para o diálogo.
Papo furado que recuou por isso
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