Por Daniel Leussink
TÓQUIO (Reuters) - Um recorde de medalhas pode ser o único lado positivo para o país-sede da Olimpíada de Tóquio 2020, após os Jogos serem ofuscados pela pandemia de coronavírus e manchados por uma série de escândalos.
O Japão deve ganhar 60 medalhas em Tóquio, um aumento de 50% do seu recorde de 41 no Rio de Janeiro, segundo as projeções da empresa de dados Gracenote.
Seria uma boa notícia para os organizadores --e para o primeiro-ministro Yoshihide Suga-- diante da impopularidade do evento. Pesquisas de opinião consistentemente mostram que a maioria do público é contra sediar a Olimpíada durante a pandemia.
Algumas medalhas no começo do evento podem reverter uma tendência recente de manchetes negativas que parece não ter fim. Nesta quinta-feira, os organizadores demitiram o diretor da cerimônia de abertura por comentários antigos sobre o Holocausto, o último de uma série de escândalos envolvendo os organizadores.
Uma das melhores chances para uma medalha precoce é no judô. Funa Tonaki competirá na categoria mais leve das mulheres, e Naoshisa Takato na mais leve para os homens.
O Japão também tem chance de levar medalha na natação e no skate, que faz a sua estreia na Olimpíada de Tóquio.
Os Jogos, que começam oficialmente com a cerimônia de abertura na sexta-feira, serão realizados praticamente sem torcida e sob condições sem precedentes devido à pandemia.
(Por Daniel Leussink)