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Paralisação de caminhoneiros é inevitável, diz deputado ligado à categoria

Publicado 25.10.2021, 21:07
Atualizado 25.10.2021, 21:10
© Reuters.

© Reuters.

Por Maria Carolina Marcello

BRASÍLIA (Reuters) - Uma paralisação dos caminhoneiros em 1º de novembro é encarada como inevitável diante da alta do preço dos combustíveis e de frustração da categoria após dois anos de reuniões infrutíferas com o governo, afirmou o deputado Nereu Crispim (PSL-RS), presidente a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Caminhoneiro Autônomo e Celetista.

O deputado, que além de presidir o grupo parlamentar com mais de 200 deputados e 20 senadores, também é uma das lideranças da categoria nas negociações com o governo federal e afirma: o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, principal integrante do Executivo a conversar com os caminhoneiros, já não é considerado mais um bom interlocutor.

"É inevitável (a paralisação). Eu, como parlamentar e como presidente da frente, não é que eu não apoie, viu, porque eu sei os problemas que advêm de uma paralisação. Mas também a gente não pode furtar o direito, garantido na Constituição, de eles reivindicarem melhores condições de trabalho, porque realmente está muito difícil", disse o deputado à Reuters.

Crispim relatou que a categoria unificou, em uma reunião ocorrida em 18 de setembro que contou com aproximadamente 60 lideranças de 22 Estados, a pauta a ser levada em novas conversas com o governo, que incluem a discussão do piso mínimo de frete, a aposentadoria especial, e unificação de documentos fiscais, além da discussão de temas como o Preço de Paridade de Importação (PPI).

Mas, de acordo com o parlamentar, "o diesel começou a aumentar demais e não teve jeito, a categoria falou 'olha, nós vamos entrar em estado de greve'".

Na esteira dos sucessivos reajustes no preço do combustível, a frente parlamentar chegou a enviar uma série de ofícios a diversos ministérios e à Presidência da República. Nos documentos, o grupo parlamentar se coloca à disposição para ajudar na interlocução "diante da deflagração do estado de greve em situação de crise econômica atual com repercussão na sociedade em geral, com potencial de progressão para paralisação iminente".

Chegou a ser marcada uma reunião para a quarta-feira desta semana, com representantes da Casa Civil, do Ministério da Infraestrutura, e da categoria. A audiência, no entanto, foi cancelada, "em razão das notícias veiculadas na imprensa de que a reunião seria realizada com a participação de ministros de Estado, o que não se coaduna com o convite enviado, esta Secretaria Especial de Articulação Social informa o cancelamento da reunião do dia 28/10/21", segundo mensagem enviada aos convidados.

Crispim acredita que um dos motivos seja sua participação, que teria sido encarada como uma tentativa de "se promover".

"Eu, particularmente, não tenho vaidade alguma ou estou à procura de aplausos. Podem fazer reunião com quem eles desejarem fazer. Resolvendo ou dando um caminho para solução das pautas dos caminhoneiros autônomos e celetistas... me basta", disse à Reuters.

"Também mudem a política de preços da Petrobras (SA:PETR4) que só está gerando miséria, fome, desigualdade e inflação", acrescentou.

O deputado avaliou, ainda, que o ICMS tem seu peso na composição do preço do combustível, mas não é o principal problema, classificando proposta recentemente aprovada pela Câmara sobre o assunto de "ação politiqueira para transferir a responsabilidade do preço dos combustíveis para os governadores".

Questionado, o parlamentar também criticou a tese da privatização da Petrobras -- uma empresa "saudável" e "sustentável".

Sobre o auxílio prometido pelo presidente Jair Bolsonaro a caminhoneiros autônomos de 400 reais, afirmou que foi mal recebido entre os grupos de WhatsApp da categoria.

"Isso na realidade pegou muito mal nos grupos de zap dos caminhoneiros. Inclusive entre os próprios bolsonaristas, eles acharam uma falta de respeito, uma piada. Eles inclusive alegam que isso é uma esmola e que teoricamente eles seriam mais uma parte da população brasileira que estaria vivendo assistencialismo político eleitoreiro oportunista", afirmou.

"O que na realidade a categoria quer: é resolver problema da política de preços da Petrobras, resolver problema da tabela de piso mínimo e administrar seu caminhão", afirmou

Últimos comentários

Não foi o Rei da Rachadinha que sempre jogou contra o país e apoiou a greve dos caminhoneiros de 2018 com diesel na casa de 2 reais?
Fim dos royaltes, fim do ICMS sobre combustíveis
A privatização da petrobrás se tornou questão de sobrevivência do Brasil
tem uns gados que não tem nenhum neurônio msm. se privatizar a chance de aumentar o preço e muito maior.. Brasil tem que ser autosuficiente no refino do petróleo
Pense numa categoria que só leva calça arriada desde o início desse governo...Agora vai lá nos postos da BR privada pagar o preço do liberalismo... rsrsr
Todo castigo pra brasileiro aí da é pouco
O governo federal já zerou e reduziu impostos agora os governadores precisam fazer o mesmo. O ICMS representa quase 10% do preço do diesel. É insustentável. Esse imposto, o ICMS, é o mais nocivo para toda economia, inclusive para os combustíveis.
O Governo Federal fica com aproximadamente 70% de todos os impostos gerados no país. Os 27 Estados Brasileiros ficam com aproxim. 25% dos impostos gerados no país, a ser dividido pelos 27 estados. Os Municípios ficam com aproximadamente 05% dos impostos... Assim fica fácil o governo falar especificamente do imposto do combustível né?
Seja patriota, pague R$ 10 litro da gasolina.
Fim do ICMS sobre combustível
Eu sinceramente espero que a solução do preço do diesel seja rápida. Pois o estopim de uma paralisação está aceso por conta principal do preço do diesel e da falta de repasse nos preços dos fretes pagos sejam pelas multinacionais do agro, sejam por toda cadeia de contratação. E o pior é que desta vez as Empresas tbem irão aderir haja vista que a situação está insuportável a todos que trabalham com transporte rodoviário seja lá qual for a categoria. Operadorss logísticos, pedágios , taxas , licenças da Antt , cadastros em operadoras de seguro, insumos como pneus e arla, tudo isso corrói o preço do frete embalados pelas altas de diesel e dos meses de outubro até fevereiro praticamente não há o que transportar até que se inicie a colheita de verão. Logo o cenário está armado e propício para uma grande paralisação . Agora o governo decide se quer pagar pra ver.
Não foi o Rei da Rachadinha que sempre jogou contra o país e apoiou a greve dos caminhoneiros de 2018 com diesel na casa de 2 reais?
Enquanto tudo isso a Petrobras tem apresentado resultados astronomicos a cada trimestre. A populacao ganha em reais cada vez mais desvalorizado e paga em dolares. Então é só dolarizar tudo, inclusive, o poder aquisitivo do trabalhador. Recentemente em um supermercado ouvir de um funcionario que a maquina de remarcação de preços já está sendo utlizada diariamente. Quem viveu em tempos de inflação sabe muito bem o que é isso. Os mais fracos sempre são os que mais sofrem. Ta na hora do governo assumir mais os riscos do mercado pelo menos temporariamente. Não se preocupar tanto com especuladores estrangeiros que investem na Estatal.
fácil né
Me parece que este deputado representa o grande empresariado, pois não pautou nenhum ponto, a respeito de soluções para a classe em destaque. Os caminhoneiros estão alinhados com a governabilidade democrática do presidente.
vão lá pra Inglaterra q tá faltando caminhoneiro e parem de encher o saco...
Sou brasileiro e não moro na Inglaterra. Querem comparar uma Inglaterra com o Brasil só pode ser piada!
KD o ZÉ BIRIMBINHA?
O cara quer aposentadoria especial....Meu, o Brazil é inacreditável, a Previdência toda arrebentada, as pessoas nem tem filhos mais como antes e o cara quer direitos especiais..!!! Quem vai pagar por isso? Quem não tem NADA A VER com o problema? É muita folga...
Estado dependência. Isso é Brasil. Privatização da Petrobras já.
Bolsonaro está cutucando os caminhoneiros com chifre curto...kkkkkkk
Passou da hora de construir ferrovias pelo país....Já demorou demais, até quando o país ficará ANOS atrasado, com transporte caro e ineficiente?
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