Por Niklas Pollard e Simon Johnson
ESTOCOLMO (Reuters) -A primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson, buscará amplo apoio para um pedido de adesão à Otan nesta segunda-feira, anunciou ela neste domingo, depois que seu partido abandonou sua oposição de longa data à adesão após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A adesão à Otan era uma perspectiva distante apenas alguns meses atrás, mas o ataque da Rússia à Ucrânia levou Suécia e Finlândia a repensarem suas necessidades de segurança e buscar apoio em uma aliança da qual se mantiveram distantes durante a Guerra Fria.
A guerra na Ucrânia, que Moscou chama de operação militar especial, mas que já matou milhares e tirou milhões de suas casas, destruiu políticas de segurança de longa data e alimentou uma onda de apoio público à adesão à Otan em ambos os países.
Após debates internos na semana passada entre a liderança dos social-democratas, o maior partido em todas as eleições suecas do século passado, Andersson disse que a entrada da Otan foi "a melhor coisa para a segurança da Suécia e do povo sueco".
"O não alinhamento nos serviu bem, mas nossa conclusão é que não nos servirá tão bem no futuro", disse ela.
Os defensores da adesão à aliança agora terão uma ampla maioria no Riksdag da Suécia, com grande parte da oposição já a favor, e uma solicitação formal do governo minoritário de Andersson se seguirá.
Os social-democratas disseram neste domingo que apoiam a adesão do país à Otan, abandonando décadas de oposição à medida após a invasão da Ucrânia pela Rússia e criando uma grande maioria parlamentar a favor da entrada no bloco militar.
"O conselho do partido decidiu em sua reunião de 15 de maio de 2022 que o partido trabalhará para que a Suécia solicite entrada na Otan", disseram os social-democratas em comunicado.
(Por Johan Ahlander, Simon Johnson e Niklas Pollard)