Investing.com – Com as expectativas para possíveis mudanças na política de preços na Petrobras (BVMF:PETR4) com o novo governo, medidas contra a volatilidade internacional das cotações do petróleo não são fáceis, na avaliação do Itaú BBA. Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o banco disse que ainda que seja considerado um cenário de preços domésticos baseados somente nos preços de referências puros ou nos preços de paridade de exportação, implicando níveis mais baixos que a paridade de importação, ainda haveria influência da volatilidade externa.
Na visão do Itaú BBA, conforme as últimas falas de agentes governamentais, é provável que o novo mecanismo inclua “um descolamento significativo dos preços internacionais”
Os analistas não descartam risco de uma precificação com metodologia baseada em custos, o que resultaria em impacto forte na saúde financeira e na capacidade de investimento da Petrobras.
Desde que rebaixou as ações da Petrobras no dia 29 de agosto, o Itaú BBA considera que as ações vêm sendo pressionadas pelo período eleitoral, mudanças na alta administração da empresa e expectativas de alterações nas políticas da estatal.
Ainda que não haja um entendimento claro sobre as perspectivas da companhia, o Itaú BBA decidiu mudar as projeções considerando uma nova curva de preço do petróleo e novas premissas macroeconômicas, assim como notícias recentes. No entanto, manteve a classificação para a companhia.
De acordo com os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello, ainda que a companhia negocie a múltiplos muito mais baixos do que o histórico, as perspectivas vantajosas são limitadas por possíveis anúncios na política de preços, novos investimentos greenfield em refino e maiores investimentos em energias renováveis.
O banco avalia que a companhia negocia a um múltiplo EV/EBITDA de 2,3x para 2023 e 2,6x para 2024, implicando alta de 8% no preço-alvo.
O Itaú BBA possui recomendação Market Perform para os papéis da Petrobras, com preço-alvo de R$27 para ações preferenciais e de US$10,2 para ADRs.
Às 14h25 (de Brasília), as ações PN recuavam 2,12%, a R$24,45. Veja mais detalhes no InvestingPRO.