Investing.com – Após a Petrobras tombar ontem com o anúncio de que pretende revisar o estatuto, mediante apreciação dos acionistas da empresa, o BTG (BVMF:BPAC11) afirmou que ainda recomenda compra para ação, mas que “bandeiras amarelas estão sendo levantadas”
Ontem, a estatal de petróleo informou que o Conselho de Administração aprovou propostas para alterar o estatuto social, citando a criação de reserva de remuneração de capital e a remoção de algumas restrições à nomeação de executivos.
O banco avaliou os desdobramentos como negativos para a governança corporativa e para a tese de investimentos da empresa. De acordo com o BTG, a reserva de remuneração de capital traz dúvidas sobre utilização de excesso de caixa.
“A ideia é dar flexibilidade para a equipe de gestão decidir o que fazer com os fundos excedendo a atual política de distribuição, uma vez que as reservas legais estão se aproximando seu limite máximo”, apontam os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte.
No entanto, ainda rondam incertezas se haverá montante mínimo e/ou máximo na nova reserva. “Isto introduz a possibilidade de que nenhum montante que exceda a atual política de distribuição será pago”, lamentam.
O banco ainda considera como desnecessária medida para diminuir as restrições a nomeações de executivos e o que o mercado vai questionar fortemente a medida. “A limitação de nomeações serviu de base para uma gestão orientada para o retorno e focada no core business da empresa nos últimos passado”.
A recomendação é de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de US$16 para as American Depositary Receipts (ADRs) listadas no mercado americano.
Às 11h45 (de Brasília), as ADRs (NYSE:PBR) ganhavam 1,63%, a US$15,53.
Enquanto isso, as ações preferenciais listadas na bolsa brasileira (BVMF:PETR4) subiam 1,50%, a R$35,88.