Por Michael Martina e David Brunnstrom
WASHINGTON (Reuters) - O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse neste sábado que a cúpula do G7 em Hiroshima, que ocorre em maio, deve demonstrar uma forte vontade de defender a ordem internacional e o estado de direito após a invasão da Rússia na Ucrânia.
Falando em coletiva de imprensa em Washington, um dia após uma cúpula com o presidente norte-americano, Joe Biden, na sexta-feira, Kishida não fez menção ao comentário do ex-presidente russo Dmitry Medvedev, que acusou o líder japonês neste sábado de subserviência vergonhosa aos Estados Unidos.
Na cúpula, Biden e Kishida disseram que sua aliança está mais forte do que nunca após o Japão anunciar no mês passado seu maior reforço militar desde a Segunda Guerra Mundial, em meio a crescentes preocupações de segurança com a China, a Coreia do Norte e a Rússia.
Kishida também enfatizou a importância de enfrentar a invasão da Rússia na Ucrânia, expressando preocupações de que, se nada for feito, o mesmo pode acontecer em outros lugares, inclusive na Ásia --uma aparente referência à promessa da China de se reunir com a autogovernada Taiwan, à força se necessário.
"Apontei que a agressão contra a Ucrânia não é apenas um problema europeu, mas também um desafio às próprias regras e princípios da comunidade internacional e concordei com os chefes de Estado e de governo que a cúpula do G7 em Hiroshima deve demonstrar uma forte vontade de defender a ordem internacional, baseada no estado de direito", disse ele na coletiva de imprensa.
(Reportagem de Michael Martina, David Brunnstrom e Kanishka Singh)