Por Angelo Amante
ROMA (Reuters) - O futebol italiano adotará uma abordagem de "tolerância zero" com torcedores racistas, usando a tecnologia para ajudar a identificar os infratores e bani-los dos estádios, disse o presidente da Série A nesta terça-feira.
A questão de insultos racistas contra jogadores está no topo da agenda do futebol europeu depois que o atacante brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid, foi alvo durante uma partida no fim de semana contra o Valencia, na Espanha.
"Há nos estádios, como na sociedade, uma porcentagem de pessoas racistas", disse o presidente-executivo da Série A, Luigi De Siervo, a repórteres.
"Hoje, com tecnologia e microfones de estádio, eles podem ser ouvidos e podemos puni-los. É uma batalha, como um tumor, você deve removê-lo sistematicamente, mesmo que tenha recorrências", acrescentou.
De Siervo observou que a Itália baniu cerca de 170 torcedores da Juventus depois que eles insultaram Romelu Lukaku, da Inter de Milão, durante uma semifinal da Copa da Itália no mês passado, chamando isso de um exemplo do "caminho para a tolerância zero" com racistas.
O governo italiano investirá 10 milhões de euros para promover a Série A no exterior, usando o patrocínio para apoiar sua própria campanha de exportação "Made in Italy", disse De Siervo a repórteres.
A Série A ficou atrás da Premier League inglesa e da LaLiga espanhola em termos de poder de ganho, e o futebol italiano tem lutado com a violência dos torcedores e outros escândalos.
A Juventus, clube de maior sucesso no futebol italiano, perdeu 10 pontos na tabela de classificação do campeonato na segunda-feira como parte de uma das investigações sobre a contabilidade do clube.