Investing.com – Após reunião com a administração da XP (BVMF:XPBR31), analistas do Goldman Sachs (NYSE:GS) avaliam que uma recuperação cíclica seria um risco positivo para o guidance da companhia de investimentos. Mesmo assim, a perspectiva para o papel segue neutra, com preço-alvo de US$20, tendo em vista que juros elevados podem limitar entradas líquidas e pressionar a expansão e receitas no curto prazo.
O aumento no número de assessores internos esperado, para 10 mil, demandaria uma aceleração no ritmo de crescimento, mas é a perspectiva da XP. Dos assessores contratados, cerca de 30% são de concorrentes, enquanto 70% possuem treinamento interno. Ambos teriam produtividade semelhante.
“A administração está construtiva sobre o crescimento no número de consultores financeiros internos (B2C), que pode chegar a 10 mil até 2028 (dos atuais 2 mil), potencialmente melhorando a margem EBT consolidada”, destacaram os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Lindsey Shema.
Assim, o guidance para 2026 de uma receita bruta de R$ 22,8 bilhões a R$ 26,8 bilhões com margem EBT de 30-34% seria consistente com as mudanças na estrutura da companhia.
“A empresa também mencionou que considera atingir o fundo da orientação de 2026 como um caso base e que qualquer melhora nas condições de mercado é vista como risco de alta”, reforçam os analistas.
Conforme a XP destacou no encontro, a empresa avalia ter uma proposta de valor superior em produtos, serviços e distribuição. Sobre novas entradas líquidas, a companhia entende que o patamar de R$ 14 bilhões a R$15 bilhões registrado nos últimos três meses do ano passado e no primeiro trimestre deste ano seria um fundo e não tende a se repetir.
Ainda que a XP não tenha divulgado uma perspectiva, o Goldman projeta entradas trimestrais em torno de R$ 20 bilhões, após valorização em algumas classes de ativos.