SAPPORO, Japão (Reuters) - A brasileira Érica Sena estava próxima da medalha de bronze na marcha atlética de 20km dos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta sexta-feira, mas recebeu uma punição no final da prova e acabou na 11ª colocação.
Na marcha atlética, os atletas precisam manter sempre um dos pés em contato com o chão. A brasileira recebeu uma terceira advertência no fim da competição e teve que parar por 2 minutos quando estava em terceiro lugar, sendo ultrapassada pelas adversárias.
"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar", disse Érica, segundo nota no site do Time Brasil.
"Depois disso, todos viram o que aconteceu. É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha", completou a brasileira.
O ouro ficou com a italiana Antonella Palmisano, com 1h29min12, a prata foi para a colombiana Sandra Lorena Arenas, com 1h29min37, e o bronze, para a chinesa Hong Liu, com 1h29min57.
Érica foi a primeira mulher do Brasil a conquistar uma medalha na marcha atlética em Jogos Pan-Americanos, a prata em Toronto 2015. Em 2019, em Lima, terminou em terceiro lugar. A brasileira vive no Equador desde 2011, onde é treinada pelo marido, Andrés Chocho.
"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora. Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar", afirmou Érica.
(Reportagem de Chris Gallagher)