Por Simon Evans
MANCHESTER, Inglaterra (Reuters) - O futebol inglês alimenta tradicionalmente a programação televisiva da temporada de final de ano, e, apesar de algumas interrupções por conta da Covid-19 e das reclamações de alguns técnicos, o campeonato ofereceu novamente emoções de sobra.
Como quase sempre acontece, a sequência intensa de jogos não apenas ofereceu aos torcedores uma chance de sair de casa e deixar as sobras de ceia na geladeira, como também apontou uma certa clareza na briga pelo título.
Chelsea e Liverpool produziram um clássico cativante no domingo empatando por 2 x 2 em Stamford Bridge, resultado que só ajudou o Manchester City, que tem agora uma vantagem de 10 pontos no topo da tabela.
O City bateu o Arsenal por 2 x 1 no Emirates no sábado, com o gol da vitória nos segundos finais da partida marcado pelo meia Rodri.
De várias maneiras, os dois jogos consolidaram a disputa pelo campeonato: o City encontrou o caminho para a 11ª vitória seguida, enquanto seus rivais divertiram o público em apresentações frenéticas, mas deixando de marcar pontos cruciais.
A qualidade das equipes de Chelsea e Liverpool é inegável. Ambos foram coroados como melhores da Europa nos últimos três anos ao conquistarem a Liga dos Campeões, uma honraria que o City ainda não conseguiu.
Ambos estão, talvez, melhor preparados para os desafios de alta octanagem de uma competição eliminatória, mas a maratona que é uma temporada do Campeonato Inglês recompensa, por definição, a consistência.
O City de Guardiola, que encaminha o quarto título nacional nos últimos cinco anos, joga um estilo de futebol no qual normalmente controla os jogos, desgastando os adversários com sua habilidade única de manter a posse de bola e criar oportunidades.
(Reportagem de Simon Evans)