Por Ahmed Mostafa
DOHA (Reuters) - O técnico da seleção do Catar, Felix Sánchez, disse que sua equipe não deveria ser classificada como um "fracasso e decepção" depois de perder seu segundo jogo na Copa do Mundo contra o Senegal nesta sexta-feira, um resultado que coloca os anfitriões do Mundial à beira da eliminação do torneio.
Depois de perder sua partida de abertura para o Equador, o Catar finalmente conseguiu marcar um gol no torneio, mas caiu em uma derrota por 3 x 1 para a seleção africana, o que os deixa na lanterna do Grupo A sem pontos.
O Catar é o atual campeão asiático, mas está jogando em sua primeira Copa do Mundo.
"Acho que jogamos um bom jogo. Quando você chega aqui você precisa saber de onde vem (como um país). Se isto é um fracasso e uma decepção, isso depende das expectativas", disse Sánchez aos repórteres.
"Nosso objetivo era ser competitivo... Estamos trabalhando há tantos meses para poder ter um bom desempenho."
"Mas às vezes a partida não se desenrola como se espera. Depende também do desempenho dos adversários. Nós não jogamos em nosso nível mais alto. Éramos competitivos, mas não melhoramos", disse.
Com a aproximação do jogo final da fase de grupos contra os favoritos da Holanda, o Catar corre o risco de se tornar o primeiro anfitrião da Copa do Mundo a não ganhar um único jogo.
"Estamos cientes de como esta competição é dura. Queríamos ir longe, mas sabemos que tínhamos limitações como país", acrescentou Sánchez.
"É um país pequeno, não uma população muito grande. O campeonato local não é muito competitivo."
"É a nossa primeira vez na Copa do Mundo. Se pudéssemos participar novamente, isso seria ótimo. É sempre útil para obter mais experiência", disse.
Quando perguntado se a equipe havia chegado ao final de um ciclo, Sánchez discordou, mas admitiu que poderia haver mudanças quando eles defenderem o título da Copa Asiática no próximo ano.
"Temos alguns jogadores jovens e jogadores mais experientes. Nosso objetivo é muito claro, teremos uma mudança geracional. Alguns jogadores irão embora, outros chegarão", disse ele.
"Poderemos ter novos jogadores na Copa Asiática no próximo ano, alguns jogadores não poderão jogar no seu melhor durante tanto tempo, mas não é o fim de um ciclo."