(Reuters) - O número de mortos em decorrência da passagem de um ciclone extratropical que provocou chuvas intensas e causou alagamentos e destruições no Rio Grande do Sul subiu para 41 nesta quinta-feira, informou o governo estadual, acrescentando que 25 pessoas permanecem desaparecidas.
Nove desaparecidos são da cidade de Muçum, que concentra o maior número de vítimas fatais em decorrência da tragédia ocorrida entre segunda e terça-feira, com 15 mortos. Há ainda 8 desaparecidos em Arroio do Meio e 8 em Lajeado.
No total, 83 municípios gaúchos foram afetados pelas chuvas causadas pelo ciclone, que deixaram mais de 2.944 desabrigados e 7.607 desalojados ao transformar ruas em verdadeiros rios.
O governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), decretou estado de calamidade pública e cancelou todos os desfiles de 7 de Setembro que ocorreriam nesta quinta-feira no Estado, em decorrência da tragédia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que acompanhou o 7 de Setembro em Brasília, colocou o governo federal à disposição dos gaúchos e enviou ministros ao Rio Grande do Sul para acompanhar os trabalhos.
Além das vítimas no Rio Grande do Sul, uma pessoa morreu em Santa Catarina quando uma árvore caiu sobre o carro em que estava no município de Jupiá. As rajadas de vento no Estado passaram de 110km/h em decorrência do ciclone.
Em junho, 16 pessoas morreram no Rio Grande do Sul também em decorrência da passagem de um ciclone extratropical pelo Estado. No início do ano, o Estado enfrentou uma das secas mais severas de sua história, que atingiu centenas de municípios gaúchos.
ALERTA DE CHUVAS
Na tarde desta quinta-feira, a Sala de Situação do governo do Estado do Rio Grande do Sul, coordenada pela Defesa Civil e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), manteve o alerta meteorológico para chuva intensa em grande parte do estado. Havia ainda risco de vento forte e de queda de granizo em alguns pontos.
(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro)