BRASÍLIA (Reuters) - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, acatou pedido da Polícia Federal e determinou a prorrogação, por mais 60 dias, da investigação sobre os atos de 8 de janeiro que questionavam a vitória eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e resultaram na depredação dos prédios do Congresso, do Palácio do Planalto e até da Suprema Corte.
Na decisão assinada no domingo e divulgada nesta segunda, o ministro relata pedido do policial da PF encarregado das investigações de um alargamento do prazo para a realização e conclusão de diligências.
"Neste caso, a autoridade policial apontou a pendência de 7 (sete) diligências, sem prejuízo de outras que venham a ser determinadas especialmente no que diz respeito à análise dos materiais apreendidos", diz Moraes na decisão.
Tramita no STF uma série de inquéritos sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, seja para apurar a responsabilidade dos executores do vandalismo, seja para investigar as condutas de financiadores e incentivadores das ações.
As investigações têm como objeto a apuração dos crimes de terrorismo, associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado, além de ameaça, perseguição e incitação ao crime (artigo 286). O ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos investigados por um suposto papel nos ataques de 8 de janeiro.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello)