Por Fernando Kallas
(Reuters) - Sylvinho conquistou a Albânia desde que se tornou o técnico da seleção nacional em uma mudança surpreendente em janeiro, e o ex-lateral-esquerdo brasileiro do Arsenal e do Barcelona tentará levar o país mais perto de uma vaga na Euro 2024 quando receber a República Tcheca na quinta-feira.
A Albânia tem sido uma das maiores surpresas das eliminatórias para a Euro e lidera o Grupo E com 10 pontos em cinco jogos, à frente dos tchecos, depois de uma vitória expressiva por 2 x 0 sobre a Polônia de Robert Lewandowski, em setembro.
A vitória da Albânia pôs fim a uma série de oito derrotas consecutivas contra a Polônia e transformou Sylvinho no homem do momento no país, já que a febre do futebol tomou conta antes do jogo decisivo contra os tchecos na luta pela primeira colocação.
Os 21 mil ingressos disponíveis se esgotaram em poucas horas para o confronto no estádio Air Albania, na capital Tirana.
"Temos três finais pela frente e precisamos encarar cada uma delas com a mesma atitude que tivemos até agora. Tudo começa na quinta-feira", disse Sylvinho à Reuters.
"Uma vitória na quinta-feira seria um grande passo para a nossa tão esperada classificação. É extremamente importante, mas ainda não é determinante."
Seu estilo agressivo de ataque convenceu até mesmo os torcedores e especialistas mais céticos, que ficaram divididos depois que o presidente da federação albanesa, Armand Duka, anunciou que o brasileiro assumiria o cargo.
Durante uma carreira brilhante como jogador, Sylvinho, 49 anos, ganhou vários títulos, incluindo dois troféus da Liga dos Campeões com o Barcelona.
Apesar de sua chegada com sucesso em Tirana, com o ex-lateral-direito do Manchester City Pablo Zabaleta e o ex-volante do Middlesbrough Doriva como assistentes técnicos, a falta de experiência de Sylvinho e seus dois breves e decepcionantes períodos no Olympique Lyonnais e no Corinthians levantaram dúvidas.
Depois de passar quase três anos como assistente de Tite na seleção brasileira, Sylvinho acredita que um técnico de seleção nacional precisa ficar o mais próximo possível de um país, mesmo que a maioria dos jogadores jogue no exterior.
"Temos que estar aqui (em Tirana), porque é onde nosso trabalho será desenvolvido", disse Sylvinho.