Por Mark Gleeson
(Reuters) - A tecnologia semiautomática de impedimento será usada na Copa do Mundo deste ano, prometendo decisões mais precisas e muito mais rápidas, informou a Fifa nesta sexta-feira.
No que pode ser considerado um desenvolvimento marcante na arbitragem, a tecnologia será capaz de resolver impedimentos controversos com uma velocidade e precisão inimagináveis há menos de uma década.
Usando câmeras estrategicamente posicionadas ao redor dos estádios e um chip na bola da partida, a Fifa disse que a tecnologia ajudará a reduzir as decisões contínuas do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR) em análises sobre impedimento e o tempo necessário para verificações.
"Estamos trabalhando em um uso mais consistente do VAR, em particular no que diz respeito à linha de intervenção", disse Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa, em uma entrevista coletiva.
"Estamos cientes de que às vezes a duração das verificações ou revisões é muito longa, em particular sobre o impedimento."
A solução, revelou a Fifa, é o chamado SAOT, que trará uma sensação futurista ao futebol, com os torcedores podendo ver algumas das animações em 3D quando as decisões do VAR são explicadas na tela gigante de um estádio.
A tecnologia já foi testada em dois torneios nos últimos sete meses e deve ser aprovada para a Copa do Mundo no Catar, que ocorre de 21 de novembro a 18 de dezembro. Será utilizada em todas as sedes do torneio.
Ela usa 12 câmeras de rastreamento montadas sob o teto de um estádio para rastrear a bola e até 29 pontos de dados de cada jogador, 50 vezes por segundo, calculando sua posição exata em campo. Os 29 pontos de dados coletados incluem todos os membros e extremidades relevantes para fazer análises de impedimento.