Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A chamada Terceira Via --grupo de partidos formado por MDB, PSDB e Cidadania-- definiu em reunião na manhã desta quarta-feira que pesquisas qualitativas e quantitativas serão os critérios para definir quem será o candidato único das três legendas à Presidência da República na eleição de outubro.
Em comunicado conjunto, as legendas disseram que esse formato ainda será submetido ao crivo dos partidos e dos postulantes ao Palácio do Planalto.
"Os presidentes do MDB, Baleia Rossi; do PSDB, Bruno Araújo, e do Cidadania, Roberto Freire (por videoconferência), e com a presença do vice-presidente Daniel Coelho, reuniram-se hoje (quarta) na sede do PSDB em Brasília, onde avançaram em critérios convergentes para a escolha do candidato único à Presidência da República", disse a nota.
"Os parâmetros iniciais foram propostos pelo MDB e aprimorados pelos presidentes das demais agremiações. Serão agora apresentados à aprovação das instâncias partidárias e aos postulantes à Presidência para que, em curto prazo, seja apresentado ao povo brasileiro um projeto democrático que aglutine esperança no futuro do país", completou.
Por ora também não foi definida uma data para a escolha do candidato do grupo. Antes, quando o União Brasil fazia parte das tratativas, trabalhava-se com a data de 18 de maio para o anúncio.
Até o momento, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) têm se colocado como eventuais postulantes do grupo à Presidência da República, sob o objetivo de romper a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A cinco meses das eleições, entretanto, Tebet e Doria registram desempenho fraco nas pesquisas de intenção de voto, com a emedebista pontuando na casa de 1% e o tucano ficando com preferência na ordem de 3%, segundo os levantamentos mais recentes. Além de Lula e Bolsonaro, consolidados na primeira e segunda posições nas pesquisas, os dois pretendentes da Terceira Via também aparecem atrás de Ciro Gomes (PDT) nas sondagens.