(Reuters) - O técnico Tite defendeu a decisão de deixar Neymar para cobrar o quinto pênalti do Brasil na disputa contra a Croácia, que acabou nem acontecendo devido à derrota por 4 x 2, e confirmou que o jogo pelas quartas de final da Copa do Mundo foi o seu último no comando da seleção brasileira.
"Fim de ciclo. Eu já tinha colocado há mais de um ano e meio e não sou homem de duas palavras. Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar", disse Tite em entrevista coletiva após a eliminação do Brasil no Catar.
Melhor cobrador de pênaltis do Brasil e um dos melhores do mundo, Neymar acabou não batendo na disputa contra os croatas em que o Brasil acabou eliminado da Copa novamente nas quartas de final --a quarta vez nas últimas cinco edições.
Depois que Rodrygo desperdiçou sua cobrança e os quatro primeiros batedores croatas converteram as suas o Brasil precisava acertar seu quarto pênalti para seguir vivo, mas Marquinhos acabou errando e Neymar nem sequer cobrou o quinto pênalti, uma vez que a disputa terminou com vitória da Croácia por 4 x 2.
Questionado sobre a decisão, Tite disse que Neymar seria o cobrador do pênalti potencialmente decisivo por ser o jogador de maior qualidade e experiência.
"Ele é o quinto e decisivo pênalti. Fica com uma pressão maior o jogador que tem mais qualidade e o mental para fazer a cobrança, afirmou o treinador, que deixou o campo rapidamente após a eliminação brasileira.
"Dividimos alegria, dividimos a tristeza. Ninguém mais do que nós queria dar essa alegria. Nós estamos sentidos, com nossos familiares, conosco mesmo, e tem uma geração bonita surgindo. Ela vai se fortalecendo nas adversidades, no crescimento", afirmou.