Por Brendan O'Brien e Kanishka Singh
CHICAGO (Reuters) - O cantor norte-americano R. Kelly foi considerado culpado, nesta quarta-feira, da acusação de atrair meninas menores de idade para fazer sexo com ele, mas foi inocentado de uma acusação de obstruir um caso de 2008 que terminou com sua absolvição, de acordo com reportagens da mídia.
Em seu mais recente julgamento, o músico --cujo nome completo é Robert Sylvester Kelly-- foi considerado culpado em seis de 13 acusações em um julgamento federal, de acordo com a emissora CBS Chicago.
O júri no Tribunal Distrital dos EUA em Chicago condenou o cantor de R&B multipremiado, de 55 anos, por múltiplas acusações de exploração sexual de uma criança, sedução de uma mulher e posse de material contendo pornografia infantil.
Kelly está entre uma série de pessoas famosas que foram condenadas por má conduta sexual durante o movimento #MeToo contra o assédio e o abuso sexual nos últimos anos.
Durante o julgamento de cinco semanas, várias mulheres tomaram a palavra e disseram aos jurados que Kelly abusou sexualmente delas quando eram menores. O júri também viu um vídeo de Kelly molestando sua afilhada, que testemunhou que o abuso começou nos anos 1990, quando ela era adolescente.
Kelly e seus dois corréus, Milton "June" Brown e Derrel McDavid, foram absolvidos das acusações de que conspiraram para receber pornografia infantil. Kelly e McDavid também foram absolvidos de acusações de que conspiraram para obstruir a Justiça em um caso contra Kelly em 2002, segundo o jornal Chicago Tribune.
Em junho, Kelly foi condenado a 30 anos de prisão por um tribunal federal de Nova York por extorsão e acusações de prostituição. Esse julgamento amplificou as acusações que já perseguiam o cantor do sucesso vencedor do Grammy "I Believe I Can Fly" por duas décadas.
Kelly também enfrenta várias acusações estaduais em Illinois e Minnesota.