Por Orhan Coskun e Jonathan Spicer e Can Sezer
ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia não fechou a porta para a entrada de Suécia e Finlândia na Otan, mas quer negociações com os países nórdicos e medidas contra o que vê como atividades terroristas, especialmente em Estocolmo, afirmou um porta-voz do presidente Tayyip Erdogan neste sábado.
“Não estamos fechando a porta. Mas estamos basicamente levantando este assunto como uma questão de segurança nacional para a Turquia”, disse Ibrahim Kalin, também um importante assessor de política externa do presidente, à Reuters em uma entrevista em Istambul.
Erdogan surpreendeu membros da Otan e os dois países nórdicos que buscam se tornar membros ao dizer na sexta-feira que não era possível à Turquia apoiar a expansão da aliança porque Finlândia e Suécia “abrigavam muitas organizações terroristas”.
Qualquer país que quiser se juntar ao Tratado de Aliança do Atlântico Norte precisa de apoio unânime dos membros da aliança militar.
Kalin disse que o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em inglês) -designado como uma organização terrorista por Turquia, Estados Unidos e União Europeia- está arrecadando fundos e recrutando na Europa e sua presença é “forte e aberta e reconhecida” especialmente na Suécia.