Por Nick Mulvenney
DOHA (Reuters) - Os sensacionais ataques velozes e incisivos da seleção do Japão já surpreenderam Alemanha e Espanha na Copa do Mundo do Catar, mas na terça-feira eles terão pela frente uma equipe croata que pode ter os antídotos contra essas habilidades pelas oitavas de final do torneio.
A Croácia não mostrou a qualidade que os levou à final da Copa há quatro anos, especialmente em frente ao gol, mas fez o que precisava ser feito para passar pelo grupo, mostrando apenas sinais de pânico na última partida contra uma Bélgica desesperada.
O capitão Luka Modric, que com Ivan Perisic e Dejan Lovren forma um núcleo de alta classe, mas envelhecido, diz que eles não temem ninguém e que farão o dever de casa antes de enfrentarem os samurais azuis.
O técnico do Japão, Hajime Moriyasu, pode precisar produzir algo novo taticamente para o confronto no Estádio Al Janoub, tendo adotado uma abordagem semelhante em seus três primeiros jogos.
Atrair os adversários para seu campo por 45 minutos e depois mudar para uma formação mais ofensiva e tentar marcar gols em contra-ataques funcionou perfeitamente contra a Espanha e a Alemanha, mas foi um fracasso na derrota do Japão para a humilde Costa Rica.
A Croácia tem paciência e vai rodar de bom grado a bola na frente da defesa japonesa procurando fraquezas sem, talvez, ficar frustrada como Espanha e Alemanha fizeram.
Eles provavelmente também têm a inteligência técnica para fazer ajustes quando Moriyasu finalmente mostrar sua mão com a entrada de atacantes velozes como Kaoru Mitoma e Ritsu Doan.
Moriyasu terá que fazer pelo menos uma mudança em sua defesa depois que Ko Itakura levou um segundo cartão amarelo contra a Espanha, e nuvens de lesões pairam sobre seus potenciais substitutos Hiroki Sakai e Takehiro Tomiyasu.
A Croácia, que empatou duas vezes em 0 x 0 --contra Marrocos e Bélgica-- e bateu o Canadá por 4 x 1 na primeira fase, nunca perdeu nas oitavas de final nas vezes que conseguiu avançar em seu grupo nas cinco edições de Copa que disputou.
Eles chegaram às semifinais em 1998 e perderam para a França na final há quatro anos na Rússia, um belo histórico para um país que só voltou ao futebol internacional no início dos anos 1990.
O Japão, ao contrário, chegou às oitavas em três vezes nos seus seis torneios anteriores, mas perderam em todas.
Carregado de confiança após vencer dois ex-campeões mundiais, os samurais azuis certamente não pouparão para fazer u pouco mais de história em sua passagem pelo Catar.