Investing.com – A integração do Big tem sido um obstáculo para as ações do Carrefour (BVMF:CRFB3), com uma retração de 25% nos últimos três meses. Mesmo com as conquistas do primeiro semestre, com a conclusão das conversões da bandeira, os papéis não ganham fôlego. Com isso, em relatório enviado aos clientes e ao mercado nesta quinta-feira, 05, o Itaú BBA espera números fracos no próximo trimestre e, por isso, cortou o preço-alvo do papel. A projeção passa de R$11,4 para o final deste ano para R$10,3 ao fim de 2024, com recomendação market perform, equivalente à neutra.
Entra as dificuldades, estariam “ventos contrários relacionados com a economia e as comparações difíceis”, de acordo com os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi, Victor Rogatis, Clara Lustosa e Kelvin Dechen.
Para os analistas, o cenário macro está mais difícil e a competição mais acirrada. “É provável que os ventos contrários da deflação alimentar persistam no curto prazo. A desaceleração da inflação de alimentos foi apontada como uma das fontes do fraco desempenho de vendas dos varejistas alimentares sob a nossa cobertura no 2T23”, lembram.
Os analistas consideram ainda que a integração com o Big progrediu, mas ainda há um longo caminho a percorrer, com continuidade das pressões. “Além da maturação das lojas convertidas, o fraco desempenho operacional para o negócio de supermercados do Big exige uma reviravolta significativa. Apesar de a melhoria esperada nos níveis de rentabilidade com a conclusão do plano de conversão, a situação permanece desafiadora no curto prazo e há pouca visibilidade sobre o momento de uma abordagem de mais recuperação concreta”, concluem.
Às 14h07 (de Brasília), as ações do Carrefour caíam 2,61%, a R$8,60.