(Reuters) - Alvo de ataques racistas antes da Copa do Mundo por comemorar gols com danças, o atacante Vinícius Jr. dançou com seus companheiros de seleção brasileira para comemorar seu primeiro gol no Catar e disse que o Brasil espera continuar "bailando até a final" após a goleada sobre a Coreia do Sul por 4 x 1, nesta segunda-feira, pelas oitavas de final.
O jogador do Real Madrid foi vítima de uma ofensa racista antes do Mundial durante um programa esportivo da televisão espanhola por suas danças em comemorações de gols. Ele também foi hostilizado de forma racista por torcedores rivais. Em resposta, uma campanha ganhou força nas redes sociais com o lema "Baila, Vini Jr." em defesa das comemorações extrovertidas do atacante.
"Que a gente possa seguir bailando até a final", disse o atacante em entrevista após a partida.
"A cada jogo que passa a gente está mais confiante, a gente está mais entrosado, e hoje jogamos contra uma equipe que dá espaço pra gente, e quando dá espaço para gente é muito complicado", acrescentou.
Vinícius Jr. teve mais uma boa atuação nesta segunda-feira e contribuiu para dois gols brasileiros, abrindo o placar no início da partida ao finalizar em cruzamento do ponta Raphinha e depois registrando uma assistência no gol do meia Lucas Paquetá, o último da equipe.
Em todos os gols do Brasil os jogadores comemoram dançando. Quando Richarlison fez o terceiro, até mesmo o técnico Tite entrou na roda de dança ao fazer a chamada "dança do pombo" que se tornou uma marca registrada do camisa 9 do Brasil.
A seleção brasileira retorna aos gramados na sexta-feira para enfrentar a Croácia pelas quartas de final do Mundial. Os croatas eliminaram o Japão mais cedo na disputa de pênaltis.
(Reportagem de Fernando Cardoso, em São Paulo)