(Reuters) - Uma entrevista recente na qual Peng Shuai negou ter acusado alguém de agressão sexual pouco fez para aliviar as preocupações sobre a segurança da tenista chinesa, reafirmou a Associação Feminina de Tênis (WTA) nesta segunda-feira.
Peng, ex-número um do mundo em duplas, disse ao jornal francês L'Equipe que um post de mídia social em que ela parecia alegar que um ex-vice-premiê chinês, Zhang Gaoli, a havia agredido sexualmente foi um "grande mal-entendido".
"Agressão sexual? Eu nunca disse que alguém tinha me agredido sexualmente de alguma forma", disse Peng sobre o post do Weibo, que foi posteriormente apagado.
O post levou a WTA a suspender torneios na China e causou críticas internacionais.
Em um comunicado, o presidente e CEO da WTA, Steve Simon, disse: "É sempre bom ver Peng Shuai, seja em uma entrevista ou participando dos Jogos Olímpicos".
"No entanto, sua recente entrevista não alivia nenhuma de nossas preocupações sobre sua postagem inicial de 2 de novembro. Para reiterar nossa opinião, Peng deu um passo ousado ao apresentar publicamente a acusação de que ela foi agredida sexualmente por um líder graduado do governo chinês."
"Como faríamos com qualquer uma de nossas jogadoras globalmente, pedimos uma investigação formal sobre as alegações pelas autoridades competentes e uma oportunidade para a WTA se reunir com Peng --em particular-- para discutir sua situação."
"Continuamos firmes em nossa posição e nossos pensamentos permanecem com Peng Shuai", acrescentou.
(Reportagem de Dhruv Munjal em Bangalore)