Investing.com – Um cenário macroeconômico mais deteriorado, com inflação acima da meta pressionando juros, que foram elevados e tendem a continuar um ciclo de alta, não é motivo para rebaixamento das ações da XP Investimentos (BVMF:XPBR31), segundo o banco BTG (BVMF:BPAC11), que possui visão favorável para a companhia. Apesar dos desafios no ambiente macro, as tendências micro estariam mais favoráveis, de acordo com relatório divulgado a clientes e ao mercado nesta terça-feira, 24, em que recomenda compra na ação, com preço-alvo de US$24.
Após queda nas ações em cerca de 30% desde o acumulado do ano, os riscos são de alta dos papéis. A administração estaria comprando ações e provavelmente pagará dividendos nos próximos meses, o que sugere, de acordo com o BTG, um múltiplo ainda mais baixo em 2025.
“Se o micro realmente melhorou, o lado positivo pode ser material se/quando o macro permitir”, destacaram os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel.
A percepção é de que a XP estaria adotando medidas que a tornam mais madura, saindo somente das operações de corretagem para se tornar uma instituição financeira completa. O uso mais eficiente do capital e melhorias no potencial de distribuição de dividendos são alguns dos pontos favoráveis citados pelos analistas.
“Mas se o micro realmente melhorar e a XP gerar tais resultados mesmo com um valor mais alto na Selic, então acreditamos que há espaço para uma grande alta se/quando o macro melhorar”, completam, indicando preferência pela XP em vez da B3 (BVMF:B3SA3) para apostar no mercado de capitais local.
Às 16h25 (de Brasília), as ações da XP ganhavam 3,80%, a US$18,18.
Os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) subiam 2,13%, a R$99,20,